OPERAÇÃO CALVÁRIO

Ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho é alvo de mandado de prisão em operação da PF

O atual governador do Estado, João Azevêdo (sem partido), que foi secretário de Coutinho até 2018, também é alvo da operação

JC Online
Cadastrado por
JC Online
Publicado em 17/12/2019 às 7:30
Foto: José Cruz/ Agência Brasil
O atual governador do Estado, João Azevêdo (sem partido), que foi secretário de Coutinho até 2018, também é alvo da operação - FOTO: Foto: José Cruz/ Agência Brasil
Leitura:

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta terça-feira (17) a sétima fase da Operação Calvário. Na ação policial, estão sendo cumpridos 54 mandados de busca e apreensão e 17 mandados de prisão preventiva na Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Goiânia e Paraná. Entre os alvos estão o ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho (PSB), duas deputadas estaduais também do PSB, e a prefeita do Conde, no Litoral Sul da Paraíba, Márcia Lucena (PSB). O atual governador do estado, João Azevêdo (sem partido), que foi secretário de Coutinho até 2018, também é alvo da operação. Contra ele, a PF cumpre mandado de busca e apreensão.

A Operação Calvário mira suspeitos de desviar recursos públicos destinados aos serviços de saúde da Paraíba, por meio de fraudes em licitações e em concursos públicos. Além disso, a ação da PF visa combater a corrupção e financiamento de campanhas de agentes políticos, além do superfaturamento em equipamentos, serviços e medicamentos. 

A "Calvário", que conta com o apoio da Controladoria Geral da União e do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba (MPPB) e da Controladoria Geral da União (CGU), apura desvio de R$ 134,2 milhões dos cofres paraibanos. Segundo a PF, mais de R$ 120 milhões teriam sido destinados a agentes políticos e às campanhas eleitorais de 2010, 2014 e 2018.

Lista da Interpol

Por meio de nota, a PF disse que os alvos da operação poderão responder pelos crimes de organização criminosa, fraude em licitação, corrupção passiva e ativa. A nota também fala que o ex-governador está em viagem fora do Brasil e, por isso, teve seu nome incluído na difusão vermelha da Interpol. 

Últimas notícias