PRESIDÊNCIA

'Impeachment já está colocado', diz Merval Pereira sobre Jair Bolsonaro

Merval Pereira tratou em sua coluna da postura do presidente Jair Bolsonaro

JC Online
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Publicado em 21/12/2019 às 13:08
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Merval Pereira tratou em sua coluna da postura do presidente Jair Bolsonaro - FOTO: Foto: Agência Brasil
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Colunista do jornal O Globo e comentarista político da GloboNews, Merval Pereira afirmou, em sua coluna deste sábado (21), que o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), "vem numa escalada de falta de compostura que beira a insanidade". Ainda de acordo com Merval, já existem "motivos de sobra" para que o impeachment seja colocado no Congresso Nacional.

"Mas o impeachment já está colocado e, como é um instrumento sobretudo político, será acionado, ou não, quando as forças políticas no Congresso desejarem. Motivos Bolsonaro já deu de sobra, e a falta de decoro de ontem é apenas mais uma, e não será a última", escreveu Merval em relação a atitude do presidente diante de repórteres que o entrevistavam na frente da residência oficial do Palácio da Alvorada.

Irritado com questionamentos de jornalistas, na manhã dessa sexta-feira (20), Bolsonaro subiu o tom e partiu para o enfrentamento. Ao ser questionado se pretende ainda transferir a embaixada de Israel de Tel Aviv para Jerusalém, como mencionou nos últimos dias, o presidente retrucou a um jornalista: “Você pretende se casar comigo um dia?”.

Ele ainda retomou o tom ao ser questionado sobre as investigações que têm como alvo um suposto esquema de desvio de recursos públicos no gabinete do seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ), quando ele ainda era deputado estadual. Diante dos apoiadores, Bolsonaro chegou a afirmar que o jornalista tinha "cara de homossexual terrível". 

"Escalada de falta de compostura"

Em seu comentário, Merval ainda coloca que "o presidente Jair Bolsonaro vem numa escalada de falta de compostura que beira a insanidade. O episódio de ontem, em que destratou jornalistas, demonstrando falta de educação e preconceitos, é próprio de quem se sente acuado, e de fato o presidente está acuado, pela queda de sua popularidade, pelas limitações que as instituições democráticas lhe impõem, pelas denúncias contra seu filho Flávio, que envolvem toda uma família ampliada que, pelas acusações do Ministério Público do Rio, vivia às custas do Erário público".

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