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Pernambucanos Fernando Bezerra Coelho e Fernando Coelho Filho cotados para comandar ministérios

Colocar FBC para comandar a articulação política na Casa Civil é um dos planos do presidente Bolsonaro

JC Online com agências
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Publicado em 31/01/2020 às 23:21
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
O senador Fernando Bezerra Coelho contou sobre as medidas do governo para auxiliar estados durante crise - FOTO: Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
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O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), líder do governo no Senado, e o deputado federal Fernando Coelho Filho (DEM) estão sendo cotados para ocupar ministérios. Colocar FBC para comandar a articulação política na Casa Civil é o plano B do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para tentar solucionar a crise que tem como protagonista o atual ministro da pasta, Onyx Lorenzoni (DEM). O filho do senador, Fernando Coelho, pode assumir o Ministério de Minas e Energia em maio.

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O esvaziamento das funções da Casa Civil e a demissão de assessores da pasta, anunciados nessa quinta-feira (30) pelo presidente foram vistos por integrantes do governo como o "fim da linha" para Onyx Lorenzoni.

De acordo com apuração da Folha de S.Paulo, buscando um nome para o comando da Casa Civil, Bolsonaro tem como favorito Jorge Oliveira, atual ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, que estaria demonstrando resistência. O plano estudado é o de fundir a Casa Civil com a Secretaria-Geral da Presidência.

Outra opção para a Casa Civil seria a nomeação de um dos líderes do governo como Fernando Bezerra Coelho, do Senado, ou Eduardo Gomes (MDB-TO), do Congresso. No entanto, a indicação de FBC tem um obstáculo. A nomeação pode inviabilizar que Fernando Coelho assuma Minas e Energia no mês de maio, quando o atual ministro, Bento Albuquerque, deverá ser indicado para vaga destinada à Marinha no Superior Tribunal Militar (STM).

Além disso, articuladores políticos do presidente consideram, neste momento, que prestigiar o MDB poderia desencadear um movimento de partidos que votam com o governo Bolsonaro por mais espaço na Esplanada.

Mendonça Filho cotado para o Ministério da Educação

No início desta semana, o nome de Mendonça Filho começou a ser ventilado para o Ministério da Educação (MEC) em um cenário onde a permanência do ministro Abraham Weintraub foi colocada em xeque por causa das falhas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019 e, consequentemente, a suspensão da divulgação dos resultados do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2020, liberados nessa terça-feira (28).

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De acordo com informações do correspondente da Rádio Jornal em Brasília, Romoaldo de Souza, fontes próximas do Palácio do Planalto afirmam que o grande impasse que pesa sobre a definição de Mendonça - que foi ministro do MEC no governo de Michel Temer (MDB) -,  é o seu partido, o DEM. A sigla já ocupa três ministério no governo Bolsonaro: Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Luiz Henrique Mandetta (Saúde) e Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento). Além disso, o Democratas também detém as presidências da Câmara dos Deputados, com o deputado federal Rodrigo Maia (RJ) e do Senado Federal, com o senador Davi Alcolumbre (AP). 

Em trecho de sua coluna desta sexta-feira (31), o colunista Alberto Bombig, da Coluna do Estadão, coloca o ex-ministro Mendonça Filho (DEM) como melhor opção para os eleitores do presidente  para disputar a Prefeitura do Recife, na eleições 2020.

Crise na Casa Civil

O esvaziamento das funções da Casa Civil e a demissão de assessores da pasta, anunciados nessa quinta-feira (30) pelo presidente Jair Bolsonaro, foram vistos por integrantes do governo como o "fim da linha" para o ministro Onyx, destaca o jornal O Estado de S. Paulo. O comportamento do ministro tem incomodado não apenas o presidente, mas seus colegas de Esplanada, que o acusam de fazer a velha política, ao usá-los para atender a demandas do baixo clero do Congresso, e de ter indicado para o governo nomes que viraram dor de cabeça para seu chefe, como o ministro da Educação, Abraham Weintraub.

Bolsonaro decidiu nessa quinta (30) tirar das mãos de Onyx o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), que cuida das privatizações de estatais e concessões, uma das grandes vitrines do governo. O programa havia migrado para o guarda-chuva da Casa Civil em julho do ano passado, como uma espécie de "prêmio de consolação" após Onyx perder a articulação política do Planalto. Agora, foi transferido para o Ministério da Economia, comandado por Paulo Guedes.

Sem o PPI e sem a articulação política, Bolsonaro deixou a Casa Civil totalmente esvaziada.

A situação se agravou após o vai e vem envolvendo o agora ex-secretário executivo da pasta, Vicente Santini, braço direito de Onyx. Ele havia sido demitido publicamente por Bolsonaro na terça-feira (28) após ter utilizado um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para ir à Europa e à Ásia. Na quarta-feira (29), foi readmitido em outra função. Nessa quinta (30), voltou a ser exonerado.

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