O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira, 3, que o ministro da Educação, Abraham Weintraub, tem "trabalho enorme pela frente" para tirar o País da posição ruim no Programa Internacional de Avaliação de Aluno (Pisa), o ranking da educação mundial. A afirmação ocorre dias após o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, ter criticado duramente o ministro, ao se referir a ele como "um desastre" e dizer que o chefe da pasta "atrapalha o Brasil" e se utiliza de um discurso ideológico.
Para o presidente, em vez de criticar o fato de que o Brasil ocupa os últimos lugares no Pisa, o importante é "impor uma nova dinâmica" para a educação. De acordo com os dados do ranking do ano passado, o país está na 67ª posição em ciências, 71º em matemática e 58º em leitura. Ao todo, 79 países são avaliados.
O presidente falou a alunos recém-matriculados no 6º ano do Ensino Fundamental no Colégio Militar de São Paulo, cuja pedra fundamental foi inaugurada hoje. Segundo ele, ao chegar o último dia de aula, os alunos serão "brasileiros prontos para entrar no mercado de trabalho" e "não dependerão do Estado para nada". E citou que 7 de seus 22 ministros estudaram em colégios militares
"Aqueles que têm a felicidade de ter uma escola de qualidade têm sim o futuro garantido. E se a juventude puder garantir o futuro, o Brasil mudará", disse.
Durante a segunda agenda do dia do presidente na cidade de São Paulo, a imprensa foi impedida de ingressar no auditório onde o presidente falaria. Também foi privada de áudio e apenas os profissionais de imagem - câmeras e fotógrafos - puderam entrar no evento.