O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) cobrou do ministro Sergio Moro apuração sobre a morte do ex-policial militar Adriano Nóbrega, morto em uma troca de tiros, no último domingo (9), na Bahia.
O ex-PM é suspeito de ter envolvimento na morte da vereadora carioca Marielle Franco, morta em março de 2018. Segundo informações do Estadão, Capitão Adriano, como o miliciano era conhecido, estava convencido de que queriam matá-lo.
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Em rede social, o ex-candidato à presidência do Brasil cobrou esclarecimentos sobre a morte do miliciano e afirmou que, caso Moro não esclareça, se tornará cúmplice.
Se Sérgio Moro não esclarecer cabalmente este estranhíssimo encadeamento de fatos que inequivocamente estabelece vínculos entre Bolsonaro, filhos e mulher, Queiroz, as milícias do RJ e o assassinato de Marielle e Anderson, terá se transformado em cúmplice! https://t.co/yyatOBszHu
— Ciro Gomes (@cirogomes) February 9, 2020
O petista e ex-candidato à presidência, Fernando Haddad, também comentou sobre a morte do miliano em sua conta oficial no Twitter e destacou a informação de que o ex-policial estava escondido em sítio de vereador do PSL.
Amigos acima de todos:
— Fernando Haddad (@Haddad_Fernando) February 9, 2020
Miliciano Adriano Nóbrega estava escondido em sítio de vereador do PSL. https://t.co/auReAL0SLw
Quem é Adriano?
Ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope) do Rio de Janeiro, Adriano comandava o Escritório do Crime, um grupo de matadores de aluguel. Segundo informações do Uol, há suspeitas de que membros do Escritório tenham participação na morte de Marielle.
Ainda segundo reportagem do Uol, Adriano entrou no Bope em 1996, e fez o curso de operações especiais do Bope, onde conheceu Fabrício de Queiroz, que trabalhou como assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), quando este foi deputado estadual. Anos depois, Queiroz indicou a mãe e a mulher de Capitão Adriano para trabalhar no gabinete do filho mais velho do presidente da República, Jair Bolsonaro.
Adriano foi um dos homenageados por Flávio Bolsonaro com a Medalha Tiradentes, a mais alta honraria da Assembleia Legislativa do Rio, em 2005, enquanto estava preso sob acusação de homicídio.