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Bolsonaro dispara vídeo por WhatsApp convocando para ato considerado anti-Congresso

A colunista Vera Magalhães recebeu disparos no WhatsApp do presidente Jair Bolsonaro convocando para manifestação nacional em março

Alice Albuquerque
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Publicado em 25/02/2020 às 22:20
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A editora do BR Político, Vera Magalhães, publicou no site um print do que seria uma conversa de WhatsApp em que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) dispara um vídeo que mostra a facada que ele sofreu em 2018, em Juiz de Fora, convocando a população para um ato no dia 15 de março, para defendê-lo, mas que está sendo interpretado como uma ação contra o parlamento, gerando diversas críticas de políticos nas redes sociais.

De acordo com a colunista e editora, o vídeo mostra, em tom dramático, o vídeo da facada que o presidente da República levou no ano da eleição, em 2018. "O vídeo de 1 minuto e 40 segundos usa o Hino Nacional tocado no saxofone como trilha sonora", afirma Vera.

Ainda de acordo com ela, não é a primeira vez que Bolsonaro compartilha conteúdo polêmico por disparo no WhatsApp. Uma das outras vezes que ele fez isso foi em agosto do ano passado, quando compartilhou um texto que dizia que o Brasil é "ingovernável fora dos conchavos".

Vera também menciona que o ministro Augusto Heleno (CSI) teve uma conversa vazada pelo sistema de som do Planalto, que chamava deputados e senadores de "chantagistas". A manifestação do dia 15 de março é uma reação à fala do ministro. 

Pronunciamentos no twitter

De acordo com o Estadão, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT-CE), candidato derrotado à Presidência da República, cobrou nesta terça-feira, 25, uma reação dos eleitores ao vídeo disparado pelo presidente Jair Bolsonaro pelo WhatsApp, de seu celular pessoal, pedindo que todos compareçam a manifestações de rua em defesa do governo e contra o Congresso, no dia 15 de março.

O twitter oficial do PSDB também se posicionou, afirmando "não importa o que venha, o PSDB está no mesmo lugar".

A deputada federal Erika Kokay (PT) classificou o disparo como "inaceitável".

O deputado federal (PSB) Alessandro Molon criticou que o presidente "não consegue oferecer uma vida melhor ao povo" e culpa outros órgãos.

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