ARMADOS

Bancada da bala quer porte de arma para deputado

Ameaças de morte estão entre as justificativas do deputado Alberto Fraga (DEM-DF), autor do projeto de lei que libera o porte para os congressistas

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Publicado em 11/04/2015 às 10:21
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Ameaças de morte estão entre as justificativas do deputado Alberto Fraga (DEM-DF), autor do projeto de lei que libera o porte para os congressistas - FOTO: Divulgação
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Coordenador da chamada "bancada da bala" na Câmara, o deputado Alberto Fraga (DEM-DF) afirmou nesta semana que vai apresentar um projeto de lei para liberar o porte de armas para os congressistas.

A bancada é formada por 21 deputados que são ligados a área da segurança, como delgados, ex-policiais e militares. Eles comandam a chamada Frente Parlamentar pela Segurança Pública, que reúne mais de 200 deputados.

As justificativas apresentadas pelo deputado para a medida são as ameaças de morte recebidas por parlamentares após votações de matérias polêmicas. Ele contou que nesta semana, após a polêmica votação do projeto que regulamenta a terceirização no país, foi alvo de ameaças de morte em suas páginas sociais. Segundo o deputado, a ação também alcançou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Fraga afirmou que se houver deputado incomodado com uma eventual liberação para uso de arma de fogo, basta não utilizar. "Antes que a imprensa comece a fazer seu carnaval, eu vou anunciar que vou entrar com o projeto de lei para permitir porte de arma para deputados federais. Quem não quiser, não use. Agora, se ministro tem direito, se juiz tem direito, se promotor tem direito, porque o deputado não pode ter direito?", questionou o deputado.

Fraga disse que vai pedir à polícia legislativa que instaure inquérito para investigar as ameaças. "Fui ameaçado de morte e Vossa Excelência também. Tenho aqui os dados que apontam para isso, criaram um fake [perfil falso], mas o fato é que um senhor estava dizendo que Vossa Excelência seria o próximo a morrer após a votação do terceirizado", disse o deputado, referindo-se a Eduardo Cunha.

O presidente da Câmara não se manifestou.

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