Investigado na Operação Lava Jato, o senador pernambucano Fernando Bezerra Coelho (PSB) obteve acesso integral às provas contra ele, através de petição encaminhada ao Superior Tribunal Federal (STF) na última terça-feira (14). O documento foi expedido pelo juiz instrutor Márcio Schiefler Fontes, auxiliar do ministro do STF Teori Zavascki, que é relator do caso.
O processo foi conduzido pela advogada do senador, Gabriela Rollemberg, filha do governador do Distrito Federal, o também socialista Rodrigo Rollemberg. Sem despertar repercussão, a advogada conseguiu "o acesso amplo e irrestrito às informações colhidas até o presente momento, em especial os vídeos dos colaboradores e outros materiais essenciais", como diz no ofício.
O juiz explicita, em seu despacho, que a justiça "determinou o afastamento da tramitação sigilosa destes autos", se referindo à colaboração premiada do ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e do doleiro Alberto Youssef. Nestes depoimentos, os delatores teriam acusado o senador de receber R$ 20 milhões para ajudar a campanha de Eduardo Campos (PSB) em 2010.
Na mesma terça-feira (14), a Corregedoria da Polícia Federal protocolou no STF o ofício 206/2015, solicitando que o prazo para concluir as investigações contra Fernando fosse aumentado. A assessoria de imprensa do senador confirmou o fato, mas informou que ele não se pronunciará. O socialista está nos Estados Unidos, em viagem oficial pelo Senado e só retorna ao Brasil no início da próxima semana.