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Delator associa lobista a Renan, Cunha e Temer

Júlio Camargo relatou pagamento de propina ao presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ)

da Agência Estado
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Publicado em 22/08/2015 às 9:20
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Júlio Camargo relatou pagamento de propina ao presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) - FOTO: Foto: Reprodução/Internet
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Em depoimento prestado à Procuradoria-Geral da República (PGR), o lobista Júlio Camargo - que relatou pagamento de propina ao presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) - afirmou que o lobista Fernando Soares era conhecido por representar o PMDB, o que incluiria, além de Cunha, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o vice-presidente da República Michel Temer.

"Havia comentários de que Fernando Soares era representante do PMDB, principalmente de Renan, Eduardo Cunha e Michel Temer. E que tinha contato com essas pessoas de 'irmandade'", consta em relatório dos investigadores sobre o primeiro depoimento prestado por Júlio Camargo à PGR, em março. 

Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, foi responsável por intermediar pagamento de propina combinada com Júlio Camargo para facilitar um contrato de aquisição de navios-sonda pela Petrobras com a coreana Samsung Heavy Industries Co.

Em outro ponto do depoimento, ao mencionar que o PMDB deu apoio ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, Camargo volta a citar de forma vaga os três nomes e também o nome do empresário José Carlos Bumlai. O relatório da Procuradoria aponta dentro do depoimento de Camargo que Bumlai seria amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Na área interna o depoente negociava diretamente com Paulo Roberto Costa. Fernando Soares - era corrente - que representava o PMDB. 

Depois o PMDB também 'entrou para fortalecer' Paulo Roberto Costa. Ambos então 'ficaram muito fortes'. Fala-se de Renan Calheiros, Eduardo Cunha, Michel Temer, José Carlos Bumlai (que seria muito amigo do ex-presidente Lula)", aponta o relatório da PGR sobre o depoimento de Camargo.

Os três depoimentos de Camargo o grupo de trabalho do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, permaneciam em sigilo até hoje, e serviram de fundamento para o oferecimento de denúncia contra o peemedebista por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

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