O deputado federal pernambucano Jarbas Vasconcelos disse, em entrevista na manhã desta quinta-feira, ao programa Passando a Limpo, da Rádio Jornal, que aconselhou o vice-presidente da República, Michel Temer, a se afastar de Eduardo Cunha (presidente da Câmara) e se "cerca de pessoas de bem". Para Jarbas, o momento pelo qual passa o Braisl aponta para a queda da presidente Dilma Rousseff ("ela vai cair, seja por renúncia ou por impeachment), e Temer, que assumiria em caso da saída de Dilma, tem que estar preparado para assumir o comando do País.
Leia Também
- Senadores do PMDB dizem que Temer 'estará pronto' para assumir Presidência
- Temer: combinamos ter uma relação pessoal e institucional mais fértil possível
- Decretos de Temer liberaram R$ 67 bilhões em créditos suplementares
- Temer vira alvo principal nas redes sociais
- Em carta a Dilma, Temer aponta desconfiança do governo quanto a ele e ao PMDB
"Não se faz aliança com chantagista. Não se faz aliança com Cunha. Acho que ele (Temer) tem que se preparar e se cercar de pessoas de bem, de todos os partidos, porque a renúncia ou impeachment vai recair nele. Ele vai assumir", afirmou. Jarbas ainda classificou como corajosa a atitude de Temer, de divulgar uma carta criticando a forma pouco amistosa de relacionamento entre Dilma e Temer. "A carta esclareceu a distância que há entre eles". O deputado aproveitou para criticar o recesso da câmara, que começa na semana que vem. "Tem que suspender esse recesso. Não tem como ter impeachment com todo mundo fora em janeiro".
Jarbas também criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Ministério Público Federal (MPF) por não tirarem Cunha da presidência da Câmara. "Nenhum dos dois agiu. Se quisessem, já tinham tirado Cunha".
LULA - Jarbas voltou a alfinetar o ex-presidente Lula. "Lula está no mundo da lua. Como as coisas (investigações) estão chegando cada vez mais perto dele, fica contando histórias da carochinha, papai noel, e fala da volta dos militares. Não tem como ter um retrocesso pra essa ordem. Naquela epoca nao tinha internet, não estava modernizado como hoje. Militares estão nos quarteis, tranquilos, nao tem mais a força golpista e revolucionaria de 64.