Eleições 2016

João Paulo relembra 2000: 'Geraldo é genérico de Roberto Magalhães'

Há 16 anos, João Paulo vencia Roberto Magalhães e agora enfrenta novamente o desafio de ir para o segundo turno em desvantagem contra o prefeito da vez

Franco Benites
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Publicado em 03/10/2016 às 19:13
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Há 16 anos, João Paulo vencia Roberto Magalhães e agora enfrenta novamente o desafio de ir para o segundo turno em desvantagem contra o prefeito da vez - FOTO: Bobby Fabisak/JC Imagem
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Há 16 anos, um candidato do PT fazia história ao se eleger prefeito do Recife. João Paulo, que já havia sido deputado estadual, conseguiu ir para o segundo turno com o então prefeito Roberto Magalhães, do PFL, e desbancou o adversário mesmo saindo em desvantagem nas principais pesquisas de intenção de votos. Agora, com a experiência de quem governou a cidade por duas gestões, o petista volta a mais um segundo turno e novamente contra o gestor da capital.

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Na avaliação de João Paulo, a eleição de 2000 e a deste ano têm características próprias, mas, ainda assim, ele vê de forma mais positiva as condições de "batalha" este ano. 

"Cada eleição é uma eleição. O governo dele (Geraldo Julio) é muito mais fraco que o de Roberto Magalhães pelos serviços que presta. São mais competentes na propaganda. Se a gente fosse fazer um comparativo com uma medicação, Geraldo é um genérico. A gente tem mais possibilidade de derrotá-lo", disse.

O pleito do ano 2000 também foi marcado pelo surgimento do personagem Mané Chinês, vivido pelo ator, músico e palhaço Walmir Chagas. O artista fez sucesso ao aparecer na campanha de Carlos Wilson, que era do PPS, e rivalizava com João Paulo e Roberto Magalhães.

Roberto Magalhães está aposentado das ações político-partidárias e é ligado à deputada estadual Priscila Krause (DEM), que foi rival de João Paulo este ano. O ex-prefeito disse esperar contar com o apoio dos eleitores da democrata, mas nesta segunda-feira a direção do partido da parlamentar declarou que apoiará a candidatura de Geraldo Julio.

CAMPANHA NAS RUAS

João Paulo estará no Rio de Janeiro nesta terça-feira para tratar de problemas pessoais.  Na quarta-feira, vai a São Paulo para uma reunião com dirigentes do PT. Lá, espera conseguir recursos para a campanha no segundo turno. Até lá, os atos de rua estão suspensos e só serão retomados com o retorno de São Paulo.

Criticado por não participar de debates com outros candidatos a prefeito no primeiro turno, a exemplo de Geraldo, João Paulo afirmou que vai avaliar como se portará no segundo turno. "Começa outro jogo. Vamos discutir a nossa estratégia. Não fazemos as coisas no 'instantaeísmo', no 'espontaneísmo'. Fazemos discutindo estratégia", despistou.

O ex-prefeito afirmou que não participou dos debates no primeiro turno porque Geraldo estaria ausente e só haveria sentido de estar nos eventos para discutir a gestão com o atual prefeito. 

Na passagem pelo Sistema Jornal do Commercio de Comunicação, o petista foi questionado sobre a regulamentação do Uber e sinalizou de forma positiva caso se eleja prefeito. "Possivelmente, vai caminhar para uma regulamentação".

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