Legislativo

Bate-boca sobre as chuvas encerra sessão na Câmara

Após um dia de muita chuva e confusão no Recife, defesa do prefeito João da Costa feita pelo líder do governo na Casa, Josenildo Sinésio, irrita vereadores de oposição

Do JC Online
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Publicado em 19/04/2011 às 17:23
 Ricardo B. labastier/JC Imagem
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Um bate-boca entre os vereadores fez com que os trabalhos legislativos fossem encerrados mais cedo do que de costume na Câmara do Recife, nesta terça-feira (19). O líder da bancada governista, Josenildo Sinésio (PT), subiu à tribuna para sair em defesa do prefeito João da Costa (PT), que foi bastante criticado durante todo o dia por sua viagem à Espanha em pleno período de chuvas. O petista afirmou que, mesmo com a ausência do gestor, a cidade estava “sob controle” e disparou críticas à oposição. “Não adianta chegar aqui sem proposta para a cidade se agarrando a buraco na rua ou engarrafamentos. O debate deve ser de concepção, de projeto político. Não adianta vir aqui listar fatos pontuais ou ir às rádios dizer que a cidade não tem governo”, bradou.

Após o discurso, Sinésio ouviu protestos da oposição, chegando a discutir com a vereadora Priscila Krause (DEM). A democrata se exaltou após o petista afirmar que a cidade teria herdado os “desmandos” da gestão do seu pai, Gustavo Krause, que administrou o Recife no início dos anos 80. Para não personalizar a discussão, o vereador corrigiu a frase, dizendo que a herança teria vindo, na verdade, do partido à qual pertence Priscila, o DEM (mesma legenda do ex-prefeito Roberto Magalhães, que antecedeu João Paulo - PT).

Enquanto acontecia o bate-boca, o vereador Inácio Neto (PT) pediu verificação de quórum para que fosse encerrada a sessão, uma vez que havia somente 10 vereadores no plenário. O pedido gerou ainda mais protestos da oposição, que não teve a oportunidade de responder às declarações de Sinésio. Mas o presidente da Câmara, Jurandir Liberal (PT), encerrou os trabalhos antes mesmo que a verificação fosse concluída, devido à confusão no plenário. O Regimento Interno da Casa prevê o término da sessão em caso de “tumulto grave”.

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