Após tomar ciência da derrota no resultado da votação, o pré-candidato Maurício Rands se autoproclamou vencedor político, eleitoral e moral da disputa. Em entrevista coletiva, ladeado pelas principais lideranças do partido, o deputado desferiu várias e pesadas críticas ao grupo adversário, mas sem nominar o prefeito João da Costa, seu oponente na prévia.
Rands afirmou que fora vítima de “voto pirata”, de “uso da máquina” e de “violência”, numa referência ao acréscimo no número de votantes e da suposta mobilização da máquina da Prefeitura do Recife nesta primária. Atribuiu todas as supostas irregularidades ao grupo do prefeito. Também se disse confiante numa decisão da direção nacional pela anulação do resultado da prévia.
“A (direção) nacional está estarrecida com o que viu aqui. O voto pirata não pode ser reconhecido. Houve uma judicialização sem precedentes na história do PT. Ganhamos política e eleitoralmente entre os verdadeiros militantes do PT, só tenho a agradecer a vitória”, declarou. Ele também frisou a “farta” distribuição de camisas aos militantes de João da Costa como indicativo de uso da máquina.
O senador Humberto Costa, principal articulador da pré-candidatura de Rands, se disse “indignado” com o desfecho da prévia. “Preferíamos estar aqui reconhecendo a derrota, mas dentro de um processo limpo. Estou triste e indignado com o que aconteceu”, afirmou. “Estou convicto que a (direção) nacional não vai deixar isso passar. Posso asseverar que isso não vai passar”, completou o senador.
O senador também censurou o fato de filiados do partido terem ido à Justiça para resolver uma pendência interna, uma vez que o partido dispõe de instâncias internas para tanto. Também criticou o fato de terem sido levadas ao Judiciário informações “falsas”.
