Estudantes e membros de movimentos sociais promoveram um ato simbólico, na tarde desta segunda-feira (28), para lembrar o 43º aniversário da morte de padre Henrique Pereira, assassinado pelos militares em 1969. O local escolhido pelo grupo foi o viaduto que corta a avenida Agamenon Magalhães, ligando os dois lados da avenida Norte. Oficialmente, o elevado se chama “Presidente Médici”, general que comandou o País durante o regime militar. Levando cartazes com fotos de desaparecidos políticos, os manifestantes estenderam duas faixas, "rebatizando" o local de "Viaduto Padre Antônio Henrique Pereira Neto".
“Esse local onde as pessoas passam todos os dias para irem ao trabalho tem o nome de um ditador. As pessoas que colaboraram para o regime de opressão não merecem uma homenagem. Se o poder público não teve coragem de corrigir a memória do povo brasileiro, estamos fazendo isso agora”, bradou o estudante de História, Marcos Vinícius, que integra o movimento Grito Estudantil.
O estudantes pretendem pressionar os vereadores para que o nome do viaduto seja, de fato, substituído. Eles também aproveitaram para reforçar as cobranças à Comissão Estadual da Verdade, que tomará posse nesta sexta-feira (1º), pelo esclarecimento total do crime contra Padre Henrique. A intenção do grupo é estender esse tipo de protestos a todos os locais públicos que levam o nome de autoridades ligadas à ditadura.
Aniversário de morte de padre Henrique é lembrado
Um ato simbólico, que reuniu estudantes e membros de movimentos sociais, lembrou a passagem do 43º aniversário de morte do religioso
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