Deputado estadual mais votado nas duas últimas eleições (2006 e 2010), conquistando 137.157 votos há três anos, o pastor Cleiton Collins (PSC) foi o principal foco de debates, nesta terça-feira (7), na Assembleia Legislativa, ao denunciar que está sofrendo discriminação da parte de sua legenda, o Partido Social Cristão. A sigla tem como expoente nacional o pastor e deputado federal Marco Feliciano (SP) .
Excluído das inserções e do programa partidário, e isolado no PSC, Collins recebeu a solidariedade 17 parlamentares à esquerda e à direita, inclusive o presidente da Casa, Guilherme Uchoa (PDT). Reconhecendo a representatividade eleitoral de Collins, sugeriram a mudança de partido, alguns até disponibilizando suas siglas. “Não quero ter a pretensão de comando, mas de diálogo (no PSC). Nossos soldados estão magoados”, disse Collins.
Escanteado pelo PSC, onde está há 11 anos, Collins revelou que sente que “perde espaço de atuação” no partido, o que não teve explicação da direção nacional. Ele encaminhou carta que sequer teve resposta. A situação se agravou há dois meses, quando o ex-prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral, indicado pela nacional, assumiu a presidência estadual.
“Levei minhas inserções para os programas e nada foram veiculadas”, lamentou Collins. “O que há hoje é um leilão em muitos partidos”, criticou Maviael Cavalcanti (DEM). “Já está na hora de sair. Essa legenda (PSC) só é conhecida, em Pernambuco, por causa do seu trabalho e de seus votos”, repetiu sua conhecida objetividade Guilherme Uchoa.