A um ano das eleições presidenciais, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), possível adversário da presidente Dilma Rousseff no pleito de 2014, decidiu reduzir o número de secretarias de sua gestão. Ele anunciou a decisão durante gravação do Programa do Jô, da Rede Globo. O pernambucano aproveitou para dizer que o maior problema nos ministérios da União não é o número - que também criticou -, mas a "falta de política pública".
Campos informou que há 27 secretarias atualmente em Pernambuco. "É, é muito. Nos próximos dias vamos reduzir", disse ele durante a entrevista. Posteriormente, questionado por jornalistas, ele informou que ainda não tem mais detalhes sobre a reforma. "Nós fizemos tudo isso sem aumentar o número de cargos comissionados" comentou Campos.
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Ele informou que cortou um terço dos cargos comissionados do governo.
"Nós fizemos um modelo de gestão que prevê a participação da sociedade e ao mesmo tempo o monitoramento das metas, resultados e tendo remuneração variável em vários setores", defendeu-se. "O modelo funcionou porque tinha política publica pensada para cada área dessas. Não depende da pessoa."
Campos disse que 39 ministérios é "demais", "mas o mais grave é não ter a política pública definida, é ficar dependendo de quem vai para lá". O governador defendeu que haja inovação no serviço público e melhora da política. "As ruas pedem um serviço público mais inteligente."