Eleições

PCdoB com Dilma e Câmara

Cúpula do PCdoB se reuniu e definiu que acompanha a chapa governista em Pernambuco

Carolina Albuquerque
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Carolina Albuquerque
Publicado em 22/02/2014 às 6:00
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Cúpula do PCdoB se reuniu e definiu que acompanha a chapa governista em Pernambuco - FOTO: JC Imagem
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À revelia do apoio nacional à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), o PCdoB estadual decidiu subir no palanque ao governo do Estado montado pelo governador Eduardo Campos (PSB), que tem na cabeça o secretário da Fazenda, Paulo Câmara. Na segunda (24), as principais lideranças comunistas locais estarão lado a lado no evento que marcará oficialmente o lançamento da chapa governista.

Na última quinta-feira (20), a reunião para definir o apoio ao PSB no Estado, programada para a próxima semana, foi antecipada devido ao calor dos bastidores políticos. Estavam presentes a deputada federal Luciana Santos, o presidente estadual da sigla, Alanir Cardoso, o prefeito de Olinda, Renildo Calheiros, e o vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira

 De acordo com Luciana, o PCdoB participou ativamente das conversas políticas que antecederam a construção da chapa. “Eu e Renildo tivemos uma conversa com o governador, participamos. Aqui não tem motivo para não apoiar o governador. Sempre estivemos na aliança histórica com o PT e o PSB. Se eles estão separados, é uma conjuntura que diz respeito ao direito legítimo. O clima é de unidade”, argumentou.

A parlamentar, vice-presidente nacional da legenda, informou ter comunicado por telefone a decisão ao presidente Renato Rabelo. “Não há como haver reciprocidade (referindo-se ao caso do Maranhão, onde o PT não apoia o candidato do PCdoB). Ficamos com mais autonomia para decidir”, disse.

O deputado João Paulo (PT) ficou surpreso com a aliança. “Havia uma programação de falar com todos os partidos que estão na base da presidente Dilma. Mas se já está decidido, está”, falou, enfatizando que não houve qualquer sinalização de diálogo do PCdoB ao PT. Aliado histórico do PT, o PCdoB chegou a adjetivar, em seu site oficial, a aliança Eduardo-Marina de “antiprogressista” e “alinhada a forças reacionárias”.

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