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Armando acusa cooptação e uso da máquina

Para o pré-candidato do PTB, governo favorece chapa do PSB, fazendo uso político dos recursos públicos do Estado

Mariana Araújo
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Mariana Araújo
Publicado em 26/04/2014 às 6:19
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O senador Armando Monteiro (PTB), pré-candidato ao governo do Estado, acusou o Palácio do Campo das Princesas de estar abrigando reuniões entre lideranças do PSB e prefeitos da base de oposição. Os encontros teriam como objetivo convencer os gestores municipais a apoiar o candidato Paulo Câmara (PSB). De acordo com o senador, pelo menos duas reuniões ocorreram com os prefeitos de Gravatá e Arcoverde, que recentemente anunciaram apoio a Câmara.

A “bolsa-apoio” também estaria vinculando o atual governador João Lyra (PSB) às promessas da chapa. Apenas para a prefeitura de Arcoverde, diz o petebista, teriam sido prometidos recursos de R$ 11 milhões pelo Estado. “Não há outra explicação, pois pessoas que nunca se queixaram do governo federal, que estavam há anos numa postura política, depois de uma conversa, mudarem de lado”, disse. As declarações foram dadas ontem, durante encontro com líderes sindicais da União geral dos Trabalhadores (UGT). 

“Está se criando uma bolsa-eleição, uma ajuda de caráter extraordinário a alguns municípios para cooptar prefeitos do PTB. Não é um FEM, é um VEM”, afirmou o senador, em alusão ao Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municípios (FEM). “Gostaria de saber se o governo do estado está se vinculando a essas promessas feitas pela outra chapa. 

Entre os motivos que levaram os dois prefeitos a pular do barco do PTB seria a falta de recursos do governo federal: “Não me consta que esses prefeitos tivessem manifestado nenhuma crítica pública ao governo federal antes”.

Hoje, às 9h, no Hotel Canariu’s, em Gravatá, Armando irá mostrar dados de investimentos do governo federal no município. Sobre Arcoverde, ele citou a obra da Adutora de Jatobá, que recebeu recursos de R$ 40 milhões da União. 

“Apesar de saber que essas reuniões ocorreram no Palácio, ainda dou crédito a João Lyra. Conhecendo a trajetória de João, fico imaginando que se ele tivesse que fazer algo nessa posição, faria de forma republicana, transparente e democrática, garantindo a participação de outros municípios, e não uma bolsa-eleição que premia os infiéis”, disse.

A Secretaria de Imprensa do Estado informou que o governo não irá se pronunciar sobre o assunto. A assessoria do prefeito de Gravatá, Bruno Martiniano, afirmou que na segunda-feira o prefeito irá apresentar dados que comprovam investimentos estaduais na cidade. A assessoria da prefeita de Arcoverde, Madalena Britto, também não se pronunciou.

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