eleição

Paulo Câmara quer levar o Pacto pela Vida ao interior

Pré-candidato do PSB a governador defende interiorização do programa, inclusive com a criação da "Patrulha Rural"

Felipe Lima
Cadastrado por
Felipe Lima
Publicado em 30/04/2014 às 6:00
Diego Nigro/JC Imagem
Pré-candidato do PSB a governador defende interiorização do programa, inclusive com a criação da "Patrulha Rural" - FOTO: Diego Nigro/JC Imagem
Leitura:

Com taxas de homicídios superiores em algumas regiões às registradas hoje para o Grande Recife, o interior do Estado precisa ser alcançado com mais intensidade pelo Pacto pela Vida, vitrine maior da gestão socialista. A defesa (e autocrítica) partiu do pré-candidato ao governo Paulo Câmara (PSB).

O último balanço consolidado do programa, de fevereiro deste ano, apontou índices de assassinatos no Sertão de Itaparica (8,5 para 100 mil habitantes) maiores que os aferidos na Região Metropolitana (6,38). E na Mata Sul (6,05) e Agreste Central (6,03), os chamados crimes letais estão em patamares próximos à área de abrangência da capital.

O tema tem sido abordado nas agendas “corpo a corpo” da pré-campanha de Paulo. Uma das sugestões feitas em recente passagem pela Mata Norte e que foi bem acolhida pela equipe socialista é a criação de uma espécie de Patrulha Rural, nos moldes da Patrulha do Bairro relançada pelo ex-governador Eduardo Campos - o programa original é de Roberto Magalhães (DEM), implantado em seu governo na década de 1980.

A proposta, inicialmente, se alinha com a receita esboçada por Paulo para melhorar o desempenho do Pacto pela Vida no interior: mais efetivo, estrutura (frota e rádio) e sistemas de inteligência.

“Quando se fala na Patrulha Rural é porque há locais onde não se vê um policial. Às vezes tem uma briga e é bom ter a presença do Estado. Gostei da ideia”, declarou ontem o pré-candidato, em visita ao Jornal do Commercio.

Paulo Câmara informou possuir estudos prontos que apontam o número ideal de efetivo de policiais para que o Pacto pela Vida rode a pleno vapor em todo Estado, apesar de não tê-los de cabeça. “Estamos abaixo do que precisa”, reconheceu, lembrando em seguida que na gestão Eduardo foram nomeados 12 mil novos policiais militares.

O postulante ao Palácio do Campos das Princesas citou ainda a instalação de câmeras como fundamental na repressão ao crime - “faz uma diferença absurda” - e indicou não estar satisfeito com a atual taxa média de homicídios de Pernambuco, de 258 nos dois primeiros meses de 2014.

“Dá para conviver com 200 mortes em média? Não dá. Tem que atacar. Recife, que era o maior problema, está administrado. Possui uma secretaria que ajuda. É preciso levar com mais intensidade para o interior”, reforçou.

Últimas notícias