Ao voltar à Pernambuco para se reunir com a família durante o final de semana, o presidenciável Eduardo Campos (PSB) pediu aos correligionários para colocar um ponto final na polêmica envolvendo a vereadora Marília Arraes (PSB). Eduardo não quer mais que os atritos sejam expostos na Imprensa, mas já deixou claro aos correligionários que Marília não terá mais apoio do partido para sua trajetória política. “No partido ela está rifada. Vamos dar legenda, mas ninguém vai trabalhar como trabalhou na eleição de 2012 para elegê-la vereadora. É diferente. Ninguém vai botar o exército nas ruas. Cada um vai ficar na sua porque ela cometeu um suicídio político”, declarou um socialista próximo de Eduardo Campos.
Na última sexta-feira, Marília convocou uma coletiva para dizer que teve sua candidatura à Câmara Federal minada pelo PSB. A socialista disse que o partido não tem democracia interna e que não concorda com a aliança que dá sustentação à candidatura de Paulo Câmara (PSB). Apesar de acusar imposições da cúpula do partido, Marília não deixou claro quem “comanda” o PSB.
Segundo interlocutores de Eduardo, a candidatura de Marília Arraes à Câmara Federal não recebeu o apoio do principal líder do partido porque o ex-governador não queria se expor na disputa presidencial. Eduardo já carrega na bagagem a articulação para a ex-deputada Ana Arraes, sua mãe, integrar o Tribunal de Contas da União (TCU) e não queria mais se envolver em indicações familiares no período em que tentar chegar à Presidência da República. “Ele sentiu que não deveria ter negociado essa ida de Ana Arraes para o TCU e agora ter uma prima como candidata a federal com o seu apoio seria ruim para ele”, contou o socialista.