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Candidatos têm opiniões divididas sobre emendas para shows

O Jornal do Commercio foi ouvir os postulantes sobre as emendas usadas para financiar shows de bandas

Mariana Araújo
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Mariana Araújo
Publicado em 09/08/2014 às 5:52
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Os candidatos ao governo do Estado têm opiniões divergentes quanto à destinação de emendas parlamentares para shows. Paulo Câmara (PSB) afirmou que o caso deve ser tratado na Assembleia Legislativa. Armando Monteiro (PTB) disse que é necessária uma intervenção urgente. E Zé Gomes (PSTU) prefere, caso seja eleito, manter a aplicação dos recursos nas mãos dos deputados.

Paulo Câmara afirmou que trata-se de uma emenda é constitucional e que cabe à Assembleia fazer qualquer alteração. “Inclusive, precisa de um quorum mínimo de assinaturas para alterar”, disse.

O candidato jogou a questão nas mãos dos parlamentares. “O momento é de reflexão por parte da Alepe. Minha opinião pessoal é que seu fosse deputado, não usaria emenda para show. Mas cabe a cada um num espaço democrático decidir o que quer fazer”, declarou.

O candidato Armando Monteiro (PTB) disse que é preciso fazer uma revisão nas aplicações das emendas parlamentares. “Acho que nós temos que restringir e quem sabe até vetar essa questão. Eu entendo que os recursos públicos devem ter outro tipo de destinação e de prioridade”, afirmou.

O petebista não deixou claro que, caso seja eleito, irá formular um projeto de lei que altere o orçamento impositivo, mas que deverá dialogar com os deputados os limites das emendas. “Nós vamos construir conjuntamente. Acho que no próprio ambiente político há uma opinião que já se forma apontando nessa direção”, acrescentou.

Já o candidato do PSOL, Zé Gomes, disse que não pretende alterar a lei que determina o orçamento impositivo. “O orçamento tem que ser tratado com respeito à atividade legislativa. O que há hoje é uma disfunção dos recursos. Grande parte do problema está na execução. Os deputados reclamam que, para outras áreas, as verbas demoram a ser liberadas, o que não acontece com os shows”, explicou.

Ainda de acordo com Zé Gomes, os recursos poderão ser aplicados pelos deputados de acordo com os assuntos que defendem. “Não podemos determinar o que cada deputado vai gastar, pois muitos foram eleitos com bandeiras próprias, como a cultura, por exemplo. Não vejo problema em usar o total da verba para ações culturais, por exemplo. Mas cultura não é show”, declarou. 

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