ELEIÇÕES

Homofobia, Fidelix e os pequenos

Presidenciáveis pequenos quase sempre passam despercebidos. Declaração homofóbica trouxe holofotes

Do JC Online
Cadastrado por
Do JC Online
Publicado em 04/10/2014 às 14:10
Leitura:

Com pouco tempo no guia eleitoral, os presidenciáveis de partidos pequenos quase sempre passam batido nas eleições. Seus discursos são, na maioria das vezes, muito radicais, mas não provocam impacto nas grande candidaturas. Este ano, não fosse a declaração do candidato Levy Fidelix (PRTB), certamente as postulações dos “pequenos” não ganhariam holofotes. Faltando uma semana para o dia da eleição, o candidato do PRTB fez uma declaração de tom homofóbico que chamou a atenção da população brasileira. Além de Levy, Luciana Genro (Psol), Eduardo Jorge (PV) e Pastor Everaldo (PSC) tentam a Presidência da República. Eymael (PSDC), Zé Maria (PSTU), Mauro Iasi (PCB) e Rui Costa Pimenta (PCO) também disputam, mas não participaram de debates porque seus partidos não têm representação no Congresso Nacional. 

Quando questionado pela candidata Luciana Genro sobre a criminalização da homofobia, o postulante do PRTB disse: “Aparelho excretor não reproduz. O Brasil tem 200 milhões de habitantes. Se começarmos a estimular isso aí daqui a pouquinho vai reduzir para 100", disse, para em seguida declarar que é preciso “enfrentar essa minoria”. 

Logo, a declaração repercutiu nas redes sociais. Várias entidades, a exemplo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), pediram para Fidelix se retratar. O candidato também foi criticado pelos adversários. O procurador-geral Eleitoral, Rodrigo Janot, abriu hoje (1º) investigação preliminar para apurar o conteúdo das declarações do candidato à Presidência da República. 

Sua postura foi tema do noticiário nacional durante toda a semana que antecedeu o pleito eleitoral. Não bastasse a declaração radical, o candidato protagonizou outro embate em rede nacional, desta vez no último debate realizado pela TV Globo, na quinta-feira. 

O nome do PV à Presidência, Eduardo Jorge, pediu ao adversário para se retratar à população em rede nacional. O embate entre os “nanicos” chamou atenção mais uma vez.

Fidelix disse que não iria se retratar e que Eduardo Jorge “não tem moral para pedir isto”. Em seguida, acusou o verde de estimular o uso da maconha e prática do aborto. “Me envergonha você, cara. Você faz apologia às drogas (maconha) e a entrada para todas as demais drogas”, disse. Eduardo Jorge lamentou a declaração. Logo em seguida, Luciana Genro disse que ter sido algemado depois das declarações homofóbicas. 

Últimas notícias