Depois de ver a candidata Marina Silva derrotada nas urnas, o PSB de Pernambuco passou o dia de ontem reunindo as principais lideranças do partido para definir qual o candidato que terá o apoio da legenda no segundo turno das eleições presidenciais - se Aécio Neves (PSDB) ou Dilma Rousseff (PT). A tendência é que o PSB opte pelo candidato da oposição, mantendo o discurso de que é preciso uma mudança no cenário político atual. Além da cúpula partidária, a família Campos também foi sondada sobre a posição que o PSB irá apresentar à Executiva nacional, que vai anunciar a decisão final amanhã.
No início da tarde de ontem, o irmão do ex-governador Eduardo Campos, Antônio Campos, declarou apoio a Aécio na sua página pessoal do Facebook. Além do direcionamento dos socialistas pernambucanos, outros nomes ligados ao grupo defendem o nome de Aécio Neves. Ontem, o ex-secretário Sérgio Xavier, que foi coordenador da campanha de Marina, seguiu para São Paulo com o objetivo de conversar com o grupo político de Marina sobre a posição em relação ao segundo turno. Sérgio defende que a escolha deve ser pelo candidato tucano, mas destaca que sua opinião é pessoal. “Devemos considerar o resultado das urnas, que aponta que a população quer mudança”, disse.
Mais cedo, Paulo Câmara, em entrevista à Rádio Jornal, disse que não tem nenhuma acordo firmado com Aécio para a etapa final da campanha. “Eduardo não fez acordo porque ele tinha certeza de que estaria no segundo turno”. afirmou. Ontem, o governador recebeu ligações de Dilma e Aécio para parabenizá-lo pela vitória.
Os socialista defendem um posicionamento rápido, mas analisa o cenário com cautela porque está levando em consideração o histórico de alianças com o PT. Além disso, se a legenda petista ganhar, há receio de que a relação com o PSB fique estremecida. A parceria com o governo federal é fundamental para as adminstrações estadual do Recife, com Geraldo Julio (PSB).
