Em uma sessão dispersa, a fala mais forte no dia de trabalhos da Câmara dos Vereadores do Recife foi da vereadora Priscila Krause (DEM). Na tarde desta terça-feira, quando as ruas em volta da Casa de José Mariano estava repleta de faixas, bandeiras e pessoas vestidas de vermelho esperando a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula, a parlamentar denunciou o atraso no repasse dos recursos federais conveniados com a Prefeitura do Recife.
Sem ser aparteada por nenhum vereador petista, que conversavam sobre a passeata com a presença de Dilma e Lula nos arredores da Casa, Priscila destacou que dentre as obras prejudicadas com o contingenciamento, destacam-se uma escola de saúde, o novo Pátio da Feira de Afogados e a modernização do Geraldão.
Outro item na lista apresentada pela democrata, baseada nos dados oficiais do Portal da Transparência do governo federal, foi o repasse para a construção do Hospital da Mulher. Um projeto que, segundo ela apurou, dos R$ 48,8 milhões que deveriam ter sido liberados para a construção do Hospital, apenas R$1 milhão foi repassado. Ela finalizou afirmando que é preciso garantir o valor devido ao Recife, de quase 49 milhões de reais, pertencentes ao povo pernambucano.
LGBT - Nas redes sociais, a polêmica ficou em torno da vereadora Michele Collins (PP) que deu entrada no remanejamento de recursos do projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA). A progressista pede que recursos para políticas voltadas para o público de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBT), sejam realocadas para ações em outras áreas, como saúde e educação.
Na página da vereadora no Facebook, ela foi alvo de internautas contrários ao posicionamento. "Tenha vergonha na cara!", era frase recorrente nas publicações. Os que se colocaram ao lado de Michele, citando trechos da bíblia que condenam a relação homoafetiva, foram também alvos de comentários críticos.