Candidato do PSB à presidência da Câmara Federal, Júlio Delgado (PSB-MG), disse, ontem, no Recife, que se “orgulha” de não ter o apoio de nenhum dos deputados reeleitos citados na lista de delação premiada do o ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa, na operação Lava Jato. No entanto, relativizou quanto à citação do ex-companheiro de partido, Eduardo Campos, falecido em agosto.
“Acho que em vez de estar investigando os que já morreram e não se justificar, eles deveriam estar investigando quem está vivo e não quer falar”, justificou. “Se ele (Eduardo) fez, aconteceu em 2010, quando fazíamos parte da base do governo Lula. Isso não foi aventado em 2014. Teve gente que teve relações ano passado com Alberto Youssef e com Roberto Costa para viabilizar essas eleições. Tem muita gente viva, parlamentares que tem contas no exterior. Acho que esses devem ser o foco das investigações. Tem gente que quer muito encobrir isso”, continuou.
O deputado iniciou por Pernambuco sua campanha para derrotar os candidatos do PT, deputado Arlindo Chinaglia, e do PMDB, Eduardo Cunha – os dois partidos tem as maiores bancadas federais. Recepcionado pelo governador eleito, Paulo Câmara (PSB), Delgado se reuniu com 18 parlamentares pernambucanos, no Arcádia. O bloco formado pelo PSB, PPS, Solidariedade, PV, com o apoio do PSDB, deve angariar, ainda, votos de outros partidos aqui em Pernambuco, como o de André de Paula (PSD) e Eduardo da Fonte (PP), que estiveram presentes na reunião de apoio, apesar de integrados à base de sustentação do governo Dilma Rousseff (PT). De largada, o deputado diz ter 106 votos.