Aliança partidária

Paulo Câmara e Sileno Guedes descartam proximidade partidária entre PSB e PT

Socialistas acreditam que postura de independência é o melhor caminho a seguir

Franco Benites
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Franco Benites
Publicado em 14/01/2015 às 22:08
Aluísio Moreira/SEI
Socialistas acreditam que postura de independência é o melhor caminho a seguir - FOTO: Aluísio Moreira/SEI
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No que depender do governador Paulo Câmara (PSB) e do presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, o partido segue longe da base da presidente Dilma Rousseff (PT) apesar da aproximação entre os governos estadual e federal do ponto de vista administrativo. Os socialistas foram questionados sobre uma pesquisa lançada à militância esta semana e negaram que ela seja um instrumento capaz de ajudar a refazer a aliança entre o PSB e o PT.

“O questionário é mais uma coleta de dados, de atualização de informações. Sobre essa questão da relação com governo federal acabamos de estabelecer uma resolução de independência. É o papel que a população nos delegou”, falou Paulo, que assume por 15 dias a presidência nacional do PSB.

Sileno reforçou a condição de que uma aliança partidária entre o PSB e o PT é impensável atualmente. “Pode ser que essas respostas levem a reuniões futuras com esse objetivo, mas pelo que temos ouvido das lideranças não é isso que busca o questionário. Não há nada que busque qualquer modificação do rumo que foi tomado”, avaliou.

As declarações de Paulo e Sileno foram dadas no evento de descerramento da placa do complexo de armazéns portuários do Bairro do Recife realizado na noite desta quarta-feira (14). O conjunto leva o nome do ex-governador Eduardo Campos. Compareceram ao evento o prefeito do Recife, Geraldo Julio, e o senador eleito Fernando Bezerra Coelho, ambos do PSB. Esse último negou que pretenda sair da legenda, mas se mostrou mais favorável do que os colegas de partido a uma reaproximação com o PT.

No evento no Bairro do Recife, Eduardo Campos foi lembrado a todo instante. Paulo enfatizou que o seu primeiro ato como governador no Recife ao lado de Geraldo era relacionado a uma homenagem ao ex-governador. Os três filhos mais velhos de Eduardo compareceram, mas só João Campos discursou. “Lá em cima, ele está comemorando e feliz”, disse.

Com o projeto de reforma administrativa do governo aprovado pela Assembleia Legislativa, o  governador adiantou que até o final do mês fará o decreto do organograma de cada secretaria e garantiu que vai reduzir em 20% a folha de pagamento estadual. Paulo também mostrou confiança na eleição de Julio Delgado (PSB-MG), com quem se encontrou na quarta em Brasília, como presidente da Câmara Federal. Nesta quinta-feira (15), o governador recebe o rival do correligionário, Arlindo Chinaglia (PT-SP), no Palácio do Campo das Princesas às 11h30.

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