CÂMARA FEDERAL

Fernando Filho de olho na liderança do PSB

Com expectativa para que a questão se decida já neste sábado (31), às vésperas da eleição da mesa diretora, o socialista intensifica as conversas com os aliados a fim de arregimentar apoio

Carolina Albuquerque
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Carolina Albuquerque
Publicado em 29/01/2015 às 8:00
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Com expectativa para que a questão se decida já neste sábado (31), às vésperas da eleição da mesa diretora, o socialista intensifica as conversas com os aliados a fim de arregimentar apoio - FOTO: JC Imagem
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Em paralelo às articulações da candidatura do deputado federal Júlio Delgado (PSB) à Presidência da Câmara Federal, o deputado Fernando Bezerra Filho (PSB) movimenta-se para ocupar a liderança do partido no congresso, vaga desocupada por Júlio. Com expectativa para que a questão se decida já neste sábado (31), às vésperas da eleição da mesa diretora, o socialista intensifica as conversas com os aliados a fim de arregimentar apoio. A seu favor pesa a tese da proporcionalidade, reivindicada pela bancada pernambucana, que elegeu no pleito de 2014 o maior número de parlamentares (oito). Isto é, o nome deve sair de Pernambuco. 

No caminho de Fernando Filho está o deputado Gonzaga Patriota (PSB), que primeiro colocou seu nome, ainda no ano passado. Porém, o socialista de sete mandatos disse que, caso consensualmente a bancada tenda para o nome de Fernando, ele abre mão da postulação. “Não vai ter disputa para líder. Se for o consenso, eu apoio”, afirmou. É esse o argumento que Fernando Filho tem levando aos pares, na busca por agregar votos. Além disso, ele tem dito que Gonzaga ocupa espaço na mesa. “Já tem o espaço dele. Eu não fui líder, não fui de comissão e nem da mesa nesses oito anos”, disse o deputado, que inicia seu terceiro mandato federal. 

Fernando Filho começou a se movimentar, após ser estimulado pelo pai, o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB). Nos anos anteriores, o cargo de líder do PSB vinha sendo ocupado por parlamentares de outros estados, como o próprio Júlio, de Minas Gerais, e Beto Albuquerque, do Rio Grande do Sul. “Procurei primeiro os deputados de Pernambuco, depois os reeleitos e então os novos. Também falei com Júlio e ele disse que se fosse o candidato a presidente, me apoiaria. Acredito que sábado ou domingo, na reunião que antecede a posse, isso seja discutido”, contou.

Apesar da movimentação intensa, a questão tem sido oficialmente colocada de lado, para priorizar a candidatura de Júlio Delgado. A estratégia tem o objetivo de que essa corrida para a escolha do líder do PSB não atrapalhe as articulações para a eleição da presidência, causando cisões e desentendimentos. “Entendo que Pernambuco tenha legitimidade para reivindicar o posto, mas convém que devemos chegar a algo conclusivo após eleição, para não contaminar s candidatura do PSB à presidência da Câmara”, ponderou o deputado federal Tadeu Alencar (PSB). Além disso, comenta-se nos bastidores, caso Júlio não seja eleito presidente, o cenário muda e ele próprio pode ser reconduzido ao cargo de líder partidário.

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