Legislativo

Ex-presidente da Assembleia cobra soluções para PPPs da Arena e de Itaquitinga

Romário Dias (PTB) acusa Legislativo de ter sido subserviente por oito anos e conclama o Poder a assumir seu papel fiscalizador

Ayrton Maciel
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Ayrton Maciel
Publicado em 26/02/2015 às 5:10
Roberto Soares/Alepe
Romário Dias (PTB) acusa Legislativo de ter sido subserviente por oito anos e conclama o Poder a assumir seu papel fiscalizador - FOTO: Roberto Soares/Alepe
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Firmadas na gestão do ex-governador Eduardo Campos (PSB), as Parcerias Público-Privadas (PPPs) da Compesa – para o saneamento das 14 cidades da Região Metropolitana do Recife e Goiana –, da  Penitenciária de Itaquitinga e da Arena da Copa, que recebeu R$ 87 milhões em 2014 e ganha agora R$ 93,8 milhões em indenização e custeio, tornaram-se, nesta quarta (25), mais um alvo de questionamento da oposição  na Assembleia Estadual.

Ex-presidente da Casa, por três mandatos sucessivos, e ex-conselheiro do Tribunal de Contas (TCE), Romário Dias (PTB), que retornou ao Legislativo, pediu a “conclusão” de Itaquitinga e o “esclarecimento” da falência da construtora, a “repactuação” do contrato da Arena e a transparência no  andamento da PPP do saneamento. “O Estado vive uma quase calamidade na saúde e na segurança pública. As prisões são arquivos de seres humanos. Itaquitinga não pode ser mais um elefante branco”, exaltou. 

Na tribuna, Romário não poupou nem a própria Casa, acusando – sem citar nomes – o Poder de ter sido subserviente  nas gestões de Eduardo. Em tom de repreensão, lembrou que o papel do Legislativo “não é só legislar”, mas também  de fiscalizar. “A discussão das PPPs tem que vir pra cá. Para que existe Parlamento? Temos que resolver as pendências, porque há muito dinheiro enterrado nelas. São oito anos sem oposição. Cobrei de meu próprio filho (ex-deputado Leonardo Dias) por não ter sido atuante. O contraditório fará esta Casa funcionar”, disse.

Em três dias, a oposição atacou a  área da educação, acusou  superfaturamento de cachês pela Empetur e cobrou soluções para as PPPs.  A bancada cumpre  a estratégia  de não dar prazo a Paulo Câmara, por  considerar sua gestão como de continuidade. Em resposta,   governistas reconheceram  a importância do “contraditório” na Casa, mas elencaram ações dos governos Eduardo que impulsionaram o crescimento  do Estado e pediram uma oposição “construtiva” e de diálogo.

 “Eduardo fez governos procurando  acertar. Paulo não será diferente. É questão de paciência. Não vamos apostar no pior, mas no melhor”, conclamou o presidente e governista, Guilherme Uchoa (PDT).

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