Para fazer frente ao protesto marcado para o dia 15 de março, apoiado pelo PSDB, o PT Estadual decidiu se somar à manifestação da Central Única de Trabalhadores (CUT), que já havia sido agendada para às 7h desta sexta-feira (13). Em nota divulgada nesta quarta (11), a Executiva Estadual do PT-PE convocou a militância e lideranças partidárias a ir às ruas, num momento em que o Governo Federal passa por crise moral, política e econômica. A nota partidária também se solidarizou com o senador Humberto Costa (PT), alvo de investigação na Operação Lava Jato. A concentração está marcada para às 7h, no Parque 13 de Maio, no Centro do Recife.
Leia Também
Apesar de o PT Estadual embarcar no protesto da CUT, uma das principais bandeiras a ser levantada é justamente contra o “pacote” de ajustes da presidente Dilma Rousseff (PT), que reduz alguns direitos trabalhistas. Os movimentos sociais ligados aos trabalhadores reivindicam a derrubada das MPs 664 e 665, que tratam do tema.
Dirigente da Executiva, o petista Bruno Ribeiro, contudo, ressalta que há outras bandeiras em comum, como a defesa da Petrobrás (em crise por conta da Operação Lava Jato), da democracia e da Reforma Política. “Sei que a pauta é crítica à medida do governo federal, mas há outros assuntos que são também defendidos pelos petistas”, disse. Ele negou que haja uma ordem, que teria partido da Presidência da República, de que não houvesse manifestação nesta sexta para não inflamar ainda mais o protesto estimulado pela oposição no domingo.
Na nota, o PT conclama a militância para “manter aceso o orgulho petista pelo muito que fizemos pelo Brasil nos governos de Lula e Dilma”. Ela foi divulgada horas após o PSDB Nacional tornar público seu apoio aos protestos do dia 15, que pedem o impeachment e condenam a corrupção.
Mergulhado no que parece ser o maior escândalo de corrupção, a Lava-Jato, o PT tenta resgatar a “auto-estima” da sua militância. No texto da nota, por exemplo, é ressaltado que “as investigações prossigam e que seus trabalhos sejam objetivos”. “Não aceitaremos que situações similares sejam tratadas de forma diferenciada”, diz. “O Governo Federal estrutura e capacita seus órgãos policiais, correcionais e técnicos para investigar a dar suporte ao Poder Judiciário e ao Ministério Público. Em nenhum momento se tentou obstaculizar essas investigações indispensáveis, diferente do mau exemplo de gestões passadas”, complementa.