Estiagem

Governadores do Nordeste querem resposta de Dilma sobre combate à seca

Gestores também vão cobrar agilidade em obras como a Transposição do Rio São Francisco e a Transnordestina

Franco Benites
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Franco Benites
Publicado em 25/03/2015 às 6:20
Helia Scheppa/Acervo JC Imagem
Gestores também vão cobrar agilidade em obras como a Transposição do Rio São Francisco e a Transnordestina - FOTO: Helia Scheppa/Acervo JC Imagem
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É hoje o encontro dos governadores do Nordeste com a presidente Dilma Rousseff (PT) em Brasília. A pauta incluirá alguns dos 15 itens da Carta da Paraíba, elaborada durante o Fórum dos Governadores Nordestinos realizado em dezembro passado, e terá um apelo especial a dois tópicos: a estiagem na região e os ajustes fiscais feitos pelo governo federal.

“Houve um certo agravamento em relação à situação (da seca) que precisa ser melhor colocado. Vamos levar à presidente a necessidade de concluir empreendimentos, como a Transposição do Rio São Francisco, Transnordestina e a questão da Adutora do Agreste. São obras que têm que ter prioridade em relação aos cortes que vão ocorrer no orçamento da União este ano”, falou o governador Paulo Câmara (PSB) ontem durante o lançamento do programa Águas de Suape.

Em Brasília, o governador vai tentar agilizar o desbloqueio de recursos para obras hídricas já que o presidente da Compesa, Roberto Tavares, esteve na capital federal há examente um mês e não conseguiu a liberação das verbas. “Roberto Tavares teve a reunião e fiz um ofício ao Ministério da Integração Nacional, mas não tivemos retorno. Vou procurar ver se teve algum avanço”, destacou Paulo.

Entre as obras hídricas prioritárias estão a transposição do Rio Capibaribe e a construção de barragens na Região Metropolitana do Recife e das adutoras do Moxotó, Serro Azul e Agreste. O projeto do Rio Capibaribe prevê investimentos de R$ 30 milhões. Já a adutora do Agreste tem um custo total de R$ 2,3 bilhões.

A preocupação com a seca não é apenas de Paulo Câmara. O governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), responsável por fazer a ponte entre os colegas e a presidente, reforça que o tema será o assunto número 1 da conversa com Dilma. “Será um diálogo de cobranças. Estamos com uma das piores estiagens que o Nordeste já viu e sem ter a política emergencial. É preciso liberar o dinheiro”, falou.

Apesar de ter dito recentemente que o governo federal ainda não tinha dado uma notícia positiva este ano, Paulo amenizou o discurso. “Vamos fazer uma revisão pé no chão (dos pleitos apresentados). A gente entende o momento que o Brasil passa. Os governadores do Nordeste querem ajudar o País a ultrapassar 2015 de maneira melhor”, disse.

Por conta do encontro com Dilma, a reunião de Paulo com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) ficou para abril. “Havia um indicativo da gente conversar amanhã até porque eu tinha agenda em São Paulo. Em Brasília normalmente há alguns tipos de desdobramentos e talvez eu precise ficar mais um pouco”, explicou.

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