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Itaipava e Arena Pernambuco divergem sobre revisão de contrato de R$ 100 milhões

Itaipava garante que vai rever acordo, msa consórcio da Odebrecht nega reunião

Paulo Veras
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Paulo Veras
Publicado em 17/04/2015 às 20:29
Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem
Itaipava garante que vai rever acordo, msa consórcio da Odebrecht nega reunião - FOTO: Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem
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A Arena Pernambuco e o Grupo Petrópolis, dono da marca de cerveja Itaipava, divergiram sobre a possível revisão no contrato de R$ 100 milhões assinado entre as duas empresas para dar nome ao estádio pernambucano. Por meio de nota, o consórcio da Odebrecht que administra a Arena negou que haja um encontro previso para rediscutir o acordo firmado há dois anos que prevê o pagamento de R$ 10 milhões anuais da cervejaria até 2023 para que o empreendimento seja chamado de Itaipava Arena Pernambuco.

A assessoria do Grupo Petrópolis, porém, reafirmou as informações publicadas no Jornal do Commercio desta sexta-feira (17) de que irá rever algumas cláusulas do negócio. A Itaipava está insatisfeita com o contrato porque a Arena Pernambuco não tem atraído o público esperado, não tem sediado outros eventos como shows, e não ficou popularmente conhecida pelo nome da cervejaria. A assessoria diz ainda que acredita em uma solução de todos os problemas listados e, por isso, vai dialogar com o consórcio.

Já o porta-voz da Odebrecht, Daelcio de Freitas, afirma desconhecer qualquer descontentamento da Itaipava com a quantidade de público que tem ido aos jogos e de eventos realizados no estádio. “A gente não tem da parte deles nenhum questionamento sobre isso. Não recebemos nenhuma formalização dessas queixas”, garante. “Tudo o que estava no nosso plano de negócios está sendo cumprido”, assegura.

Freitas explica que a cada três meses são realizadas reuniões entre os representantes da cervejaria e da construtora para reavaliar a parceria, mas a pauta do próximo encontro, que deve ocorrer entre o final deste mês e o próximo, ainda não foi definida.

A Odebrecht alega que mais de 300 eventos não relacionados ao futebol já foram realizados na Arena e que está trabalhando para levar mais partidas do Sport e do Santa Cruz para o estádio, aumentando o público. “Esse é um contrato de 30 anos. A cada semestre que passa, você vai aumentando a quantidade de atividades na Arena”, afirma.

Para Freitas, a legislação estadual que impede o consumo de bebidas alcóolicas me partidas de futebol não seria um problema para o acordo com o Grupo Petrópolis. “Quando essas empresas decidiram fazer o patrocínio, elas já sabiam dessas limitações relacionadas às leis estaduais. Quando a Itaipava decidiu colocar o nome na Arena, ela tinha conhecimento dessa lei”, diz.

O balanço financeiro divulgado pela Arena no final de março mostra que não houve pagamento do contrato com a Itaipava em 2013 e que no ano passado esse valor foi de apenas R$ 4,8 milhões, menos da metade do previsto. O consórcio garante que o contrato permanece dentro da legalidade e o representante da Odebrecht afirma que a diferença pode ser resultado do período em que o estádio esteve cedido à Fifa, quando não houve uso publicitário da marca de cerveja.

O Grupo Petrópolis também analisa uma revisão do contrato similar com a Arena Fonte Nova, em Salvador, que também foi construída pela Odebrecht, em parceria com a OAS.

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