O ex-governador, ex-senador e atual deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB) afirmou, neste sábado (18), ser contra a abertura de processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), por considerar que “ainda não há” fatos concretos suficientes, nem a “mobilização necessária” das ruas para respaldar jurídica e pela vontade popular o impedimento da chefe de Estado.
Apesar da articulação de partidos da oposição, Jarbas apontou como fundamental uma maior presença povo nas ruas para a abertura do processo. “Tem que ter fatos mais concretos (sobre a responsabilidade de Dilma com os crimes na Petrobras) para que a gente possa apresentar um pedido. O movimento das ruas tem que aumentar. Ainda não há condições, nem jurídica nem das ruas”, afirmou, no almoço oferecido ao governador Paulo Câmara (PSB), na casa do Janga.
O deputado peemedebista criticou, ao mesmo tempo, a posição do PSB de “neutralidade” no momento do País, porém, saiu em defesa de Paulo Câmara, ao assinalar que – por ser chefe de governo – tem a obrigação de ter relações com a União. “Como governador, não pode brigar, tem que conversar com o governo federal. Agora, o partido (PSB) ficar entre uma coisa e outra está errado. Eu sou oposição (a Dilma), tenho meu campo delimitado, e é importante que o PSB delimite seu campo. Qual é o campo do PSB? Governo ou oposição? Acho que o PSB tem que ter sua definição. É muito importante isso para a vida política, sobretudo a partidária”, disse.
Participaram do tradicional cozido no Janga o vice-governador Raul Henry (PMDB), o prefeito do Recife, Geraldo Júlio (PSB), o prefeito de São Lourenço da Mata, Ettore Labanca, além de secretários da Prefeitura e do governo filiados ao PSB.