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Estado culpa falta de dinheiro federal por atraso em barragens

Governo anuncia retomada de obras após questionamento do JC

Paulo Veras
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Paulo Veras
Publicado em 02/05/2015 às 18:01
Foto: Diego Nigro/JC Imagem
Governo anuncia retomada de obras após questionamento do JC - FOTO: Foto: Diego Nigro/JC Imagem
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Duas horas após ser procurada pelo JC, na última quinta-feira, para explicar o atraso e paralisação nas obras das barragens da Mata Sul, a Secretaria de Desenvolvimento do Estado, responsável pela área de recursos hídricos, anunciou a retomada das intervenções em Serro Azul. Serão investidos mais R$ 90 milhões de recursos estaduais, dinheiro que é apontado como o necessário para concluir a represa. Ela deve ficar pronta em junho de 2016.

“Estamos aguardando repasses da União. O Estado já investiu mais do que devia e estamos aguardando recursos”, explicou Almir Cirilo, secretário de Recursos Hídricos. Ele diz que o governo federal garantiu R$ 200 milhões, mas o investimento total, com obras complementares e desapropriações, ficará em R$ 500 milhões.

O Ministério da Integração teria aplicado mais R$ 50 milhões nos outros quatro reservatórios. De acordo com o secretário, foi a falta de dinheiro federal que resultou na paralisação de Gatos e Panelas.

Segundo Cirilo, a construção de Serro Azul não chegou a ser interrompida. “Nós tivemos uma redução grande do ritmo nesses primemiros meses do ano por conta de um ajuste financeiro, para saber quanto recurso a gente teria”, afirmou em um primeiro momento.

Depois de ser questionado sobre o fato de não haver operários ou seguranças no local, o secretário disse que durante o mês de abril o Estado estava negociando o andamento das obras com a empresa responsável e que o canteiro de obras foi mantido.

A promessa do governo estadual é que a “movimentação” na barragem seja intensificada a partir desta semana. A retomada das obras pode ser afetada pelo período chuvoso, que vai do final de maio até o mês de agosto. Nesse período, a chuva impediria os trabalhos no muro de barro.

O Ministério da Integração disse não ter conseguido precisar quanto seria o investimento federal nas cinco obras e que parcela desse dinheiro já havia sido desembolsada até a última quinta.

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