Governador

Paulo Câmara critica presidente Dilma por ausência na TV

Governador considera que todo governante deve ter "conversa permanente" com a população

Paulo Veras
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Paulo Veras
Publicado em 03/05/2015 às 20:27
Rinaldo Marques/Alepe
Governador considera que todo governante deve ter "conversa permanente" com a população - FOTO: Rinaldo Marques/Alepe
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Dois dias depois de a presidente Dilma Rousseff (PT) ter decidido não fazer um pronunciamento na televisão no Dia do Trabalhador para evitar um possível panelaço, o governador Paulo Câmara (PSB) criticou o gesto da petista, afirmando que um governante deve estar sempre conversando com a população. O conselho foi dado ao participar da missa da Arquidiocese de Olinda e Recife , neste domingo (3),  na Igreja da Sé, que deu início, oficialmente, ao processo de beatificação e canonização de dom Helder Camara, falecido em 1999. “As pessoas querem que se tenha sempre um processo de conversa, de diálogo. E a presidente tem que entender esse recado”, afirmou o socialista.

Ao invés de falar na TV, Dilma preferiu liberar uma série de vídeos nas redes sociais em que criticava o projeto em tramitação no Congresso que amplia as terceirizações no País. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), chegou a dizer que a petista não faria o tradicional pronunciamento do 1º de maio “porque não tinha o que dizer”.

Vice-presidente nacional do PSB, Paulo Câmara, por outro lado, criticou o ex-presidente nacional da sigla, Roberto Amaral, que se posicionou contra a fusão do partido com o PPS, que deve ocorrer nas próximas semanas. Para Amaral, o PSB atual está “jogando a sua história na lata do lixo e não tem nada a ver com o partido de Miguel Arraes”.

“Os valores e os ideais são os mesmos. Democraticamente, o partido entendeu que tinha que seguir outros caminhos. Ele devia aceitar isso como militante do partido, devia contribuir para o debate, estar presente nas reuniões, coisa que ele não tem feito nos últimos tempos”, cobrou o governador ao histórico militante do PSB.

Roberto Amaral presidiu o PSB após a morte do ex-governador Eduardo Campos, mas rompeu com o partido no segundo turno da eleição presidencial de 2014, para apoiar a reeleição de Dilma (PT), quando Paulo e a família Campos pediam voto para Aécio Neves (PSDB).

QUEIXA

O governador voltou a defender a união do PSB com o PPS, mas preferiu chamar o processo de incorporação, e não fusão. O PSB vai manter a sigla, número e a presidência da nova legenda. Com o acordo, o partido ficará com uma bancada de 45 deputados federais e 7 senadores. “A gente respeita, mas ele (Amaral)tem que debater conosco, e não ficar colocando teses sem discutir com o partido. Eduardo sempre fez isso, doutor Arraes sempre fez isso. Discutiu as questões dentro do partido e a gente quer que Roberto Amaral discuta as questões dentro do partido”, queixou-se Paulo Câmara.

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