SERTÃO

PF faz operação e cumpre 13 mandados em Araripina

A operação aconteceu em razão de desvios de recursos públicos, que deveriam ter sido utilizados na construção de escolas, creches e quadras poliesportivas com verbas do Ministério da Educação

Do JC Online
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Publicado em 07/05/2015 às 23:34
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A operação aconteceu em razão de desvios de recursos públicos, que deveriam ter sido utilizados na construção de escolas, creches e quadras poliesportivas com verbas do Ministério da Educação - FOTO: Divulgação
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A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta (7), no município de Araripina, no Sertão pernambucano, a operação Paradise, de combate à corrupção na prefeitura desta cidade. Ao todo, treze pessoas foram detidas, conduzidas à delegacia da PF em Salgueiro, para prestar depoimento, e liberadas em seguida. Apenas um dos presos permaneceu na delegacia, devido a um flagrante de porte ilegal de arma. A polícia estipula que o prejuízo aos cofres públicos foi de R$ 8 milhões.

As investigações revelaram desvios de recursos públicos, que deveriam ter sido utilizados na construção de escolas, creches e quadras poliesportivas em Araripina com verbas oriundas do Ministério da Educação. Também foram cumpridos 23 mandados de busca e apreensão. Os nomes dos suspeitos não foram revelados.

A polícia achou indícios de fraude em licitações, com suspeita de participação de laranjas no caso. Em nota, a PF fala que quem executa as obras são empresas de parentes de um determinado político do governo municipal. Além disso, foi verificado o não pagamento dos encargos sociais. As obras acabam se arrastando no intuito de receber mais aditivos contratuais, constando que alguns serviços pagos (às vezes, em duplicidade) não foram executados. 

As pessoas ouvidas serão indiciadas, de acordo com o seu grau de envolvimento, pelos crimes de associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informática, falsidade ideológica, frustrar o caráter competitivo do procedimento licitatório, peculato, prevaricação, sonegação de contribuição previdenciária, uso de documento falso e corrupção passiva. As penas variam de 1 até 12 anos de reclusão caso sejam condenados.

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