Um dos vice-presidentes da Comissão que debate a reforma política, o deputado federal Tadeu Alencar (PSB-PE) criticou a decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de atropelar a discussão na comissão para levar a discussão direto para o Plenário por considerar o relatório do deputado Marcelo Castro (PMDB-PI) confuso e dizer que faltou perspicácia e inteligência política ao grupo.
Para Tadeu, Cunha está desqualificando o trabalho realizado pela Comissão. “Não dá para ouvir o deputado Eduardo Cunha com uma atitude que é, sobre todos os aspectos, censurável. Nós não vamos aceitar”, afirmou.
O socialista adiantou que a comissão irá se insurgir contra a proposta de levar a discussão direto para a votação no plenário. “Se houver qualquer manobra para que o relatório não seja votado, não vai contar com a nossa complascência e nem com a nossa omissão”, prometeu.
Segundo Tadeu, o deputado Marcelo Castro fez questão de elaborar um relatório que não segue exatamente o seu ponto de vista para a reforma, mas que tenta resumir, ponto a ponto, o que pensa a maioria da comissão e, por isso, tem a confiança dos 34 deputados.
“O sistema eleitoral que está lá é o que o PMDB quer e que o presidente Eduardo Cunha quer: o distritão. Que é um atraso, a lei do mais forte. Não interessa para o Brasil algo que não é referência no mundo democrático”, alfinetou.