Falta pouco mais de uma semana para a gestão Paulo Câmara (PSB) divulgar o relatório fiscal do quadrimestre, que apontará como estão as finanças do Estado neste início de ano. Entre os governistas não há expectativas de que os números sejam positivos, mas todos ressaltam que a administração estadual está fazendo sua parte para reduzir despesas e garantir que as políticas públicas essenciais não sejam atingidas. A Controladoria Geral do Estado (CGE), responsável por executar o Plano de Contigenciamento de Gastos (PCG) instituído em fevereiro, aponta para uma economia de R$ 200 milhões já alcançada.
A tendência é de que as medidas para reduzir o custeio da máquina pública sejam ampliadas após a divulgação oficial do relatório fiscal. “Estão sendo pactuadas para os próximos meses, diversas economias junto aos órgãos públicos. A atuação está relacionada, diretamente, com as despesas de custeio da máquina, trabalhando sempre em temas como publicidade, locação de veículos, passagens, diárias, serviços terceirizados, telemática e telefonia”, detalha o secretário da CGE, Rodrigo Amaro.
De acordo com a Controladoria Geral, o governo Paulo Câmara economizou R$ 40 milhões nos contratos terceirizados, R$ 3,5 milhões com gasolina, R$ 9,3 milhões com aluguel de carros, R$ 1,6 milhão em telefonia e R$ 1,6 milhão com a manutenção da frota. Até o momento, segundo Rodrigo Amaro, houve a devolução de 42 carros e a meta é que esse número chegue a 100 veículos.
REUNIÕES EM BRASÍLIA - O governador está hoje em Brasília para três compromissos na capital federal. Às 11h, ele participa de um reunião dos governadores com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB). À tarde, Paulo Câmara irá a uma audiência com a representante do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no Brasil, Daniela Carrera Marquis, e depois se encontrará com o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo.
Na reunião com Renan Calheiro, Paulo Câmara vai defender o seu ponto de vista sobre o pacto federativo. “A redefinição de um novo pacto é fundamental. As dificuldades enfrentadas por Estados e municípios decorrem principalmente da concentração de receitas que tem ocorrido nos últimos 25 anos por parte da União”, destacou o governador.