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Bruno Araújo diz que corte no orçamento é preço das eleições

Humberto Costa afirma que corte pode ser atenuado com melhora da receita

Paulo Veras
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Paulo Veras
Publicado em 23/05/2015 às 5:01
Foto: Luís Macedo/Agência Câmara
Humberto Costa afirma que corte pode ser atenuado com melhora da receita - FOTO: Foto: Luís Macedo/Agência Câmara
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O corte orçamentário anunciado nessa sexta-feira (22) foi fortemente criticado pelo deputado federal Bruno Araújo (PSDB), líder da minoria na Câmara. Para ele, o contingenciamento anunciado ontem pelo governo pode afetar a qualidade do serviço público e fortalecer a recessão no País. O tucano considera muito difícil que o ajuste fiscal realizado pelo governo consiga resolver a crise na economia porque ela é resultado de uma falta de credibilidade no Planalto.

"O corte representa a consequência de um estouro nas contas públicas, de dinheiro público utilizado para vencer as eleições de 2014, com uma conta apresentada agora à sociedade brasileira, em forma de cortes, impostos, restrições de direitos trabalhistas, inflação e juros", critica o tucano.

Já para o senador Humberto Costa, líder do PT no Senado, o corte foi grande o suficiente para demonstrar o empenho do governo em garantir o cumprimento do superávit fiscal e, ao mesmo tempo, conseguiu preservar o Bolsa Família e outras políticas sociais do governo.

"O contingenciamento é algo que não é definitivo. Ao longo do ano, a depender do comportamento da receita, de redução de determinados gastos, ele pode ser modificado", lembra.

O petista pondera que Pernambuco é um dos Estados que dependem mais do governo federal, mas ressalta que obras de segurança hídrica como a Transposição do Rio São Francisco, a Adutora do Agreste, a Adutora do Pajeú e o Ramal do Agreste vão ter continuidade.

Humberto também assegura que as obras na área de Saúde, como os hospitais que estão em andamento no Estado, caso do Hospital da Mulher, no Recife, terão recursos para serem concluídas.

"Do ponto de vista de Pernambuco, eu avalio que na área de Transportes, como teria muita coisa nova, é que algo talvez seja licitado agora, mas as obras só comecem no ano que vem", pondera.

O tucano Bruno Araújo acha que Pernambuco será atingido principalmente nas obras do PAC. "A população vai sentir com a perda de serviços públicos na Saúde, na Educação, na Segurança e principalmente nos investimentos do PAC", diz. "O corte é tão devastador que Pernambuco vai sentir tanto quanto os outros Estados da federação", assinala.

O tucano questiona, até mesmo, o andamento das obras da Transposição. "Se já havia dúvidas sobre quando elas terminariam, agora há dúvidas se elas serão concluídas", dispara.

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