Polêmica

Vereadores de Caruaru aprovam projeto de transferência da Feira da Sulanca

Dezesseis vereadores foram favoráveis à mudança, seis contra e um se absteve. O projeto segue agora para a sanção do prefeito José Queiroz

Do JC Online
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Publicado em 30/07/2015 às 22:16
Foto: NE10 Interior
Dezesseis vereadores foram favoráveis à mudança, seis contra e um se absteve. O projeto segue agora para a sanção do prefeito José Queiroz - FOTO: Foto: NE10 Interior
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Após muita polêmica e sob manifestações de sulanqueiros, o projeto que muda o local da Feira da Sulanca de Caruaru para um terreno às margens da BR-104 foi aprovado na noite desta quinta-feira (30) em votação extraordinária na Câmara de Vereadores do município. Dezesseis vereadores foram favoráveis à mudança, seis contra e um se absteve. O projeto segue agora para a sanção do prefeito José Queiroz (PDT).

Esta foi a segunda votação realizada para decidir o futuro da feira. Na última terça-feira (28), o projeto obteve 15 votos “sim”, contra sete “não” e uma abstenção. Como a matéria não atingiu o mínimo de 2/3 da Câmara (o que corresponderia a 16 votos, já que a casa tem 23 vereadores), um novo pleito foi marcado. O número só foi alcançado porque o vereador Nino do Rap (DEM) alterou seu voto. Inicialmente ele tinha se colocado contra e hoje votou a favor do projeto.

Sulanqueiros lotaram o plenário da Câmara durante a votação e protestaram contra a matéria. Os comerciantes reclamam pelo alto custo que terão que arcar com a mudança.

A Feira da Sulanca está há 23 anos no Centro de Caruaru. Há cerca de um ano o debate em torno da mudança de local se arrasta. Nesta época, a prefeitura da cidade criou um Conselho Deliberativo para administrar a transferência, mas, em abril, a justiça suspendeu o seu funcionamento. O terreno para onde a feira deve ir já foi adquirido com recursos do governo do Estado e custou R$ 10 milhões.

Quando estava em funcionamento, o conselho informou aos sulanqueiros que as novas bancas custariam R$ 27,8 mil à vista. Caso optassem por financiá-las, os comerciantes precisariam desembolsar cerca de R$ 40 mil. Depois da decisão judicial, a prefeitura apresentou o novo projeto, onde a administração da feira seria feita em regime de condomínio, gerido pelos sulanqueiros.

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