Dois dias após os protestos do último domingo (16), pedindo o impeachment ou a renúncia da presidente Dilma Rousseff (PT), o Jornal do Commercio ouviu os cientistas políticos Thales Castro, professor da Universidade Católica de Pernambuco e da Faculdade Damas, e Michel Zaidan, professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), sobre os efeitos das manifestações no cenário político brasileiro e sobre as diferenças entre o movimento atual e os caras-pintadas, que pediram o impeachment de Fernando Collor em 1992.
Ambos os pesquisadores apontaram para a dificuldade de se superar a crise política no País. "Precisaria três coisas que não tem: um nome diferente desses que estão aí, consenso e uma agenda. De um lado só tem uma ideia fixa, que é a retirada da presidente. O outro só tem também uma ideia, que é manter a presidente", explicou Zaidan. "Boa parte dessas respostas, incomodas ou não, elas vão estar sendo desvendadas a partir do próximo dia 28 de agosto agora, quando estará havendo o julgamento no TCU das chamadas pedaladas fiscais", alertou Thales Castro.
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