Antes de embarcar pela Pernambuco, na manhã desta sexta (21), a presidente Dilma Rousseff anunciou a criação de mais vagas para o curso de medicina da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em Petrolina. Ela falou por telefone a uma rádio local que a Univasf foi selecionada para participar do programa de expansão do ensino médico, "uma das ações mais importantes do programa Mais Médicos". Segundo ela, até o final do processo serão disponibilizadas 120 vagas de medicina na região.
"A ideia é criar mais faculdades de medicina nas universidades do interior", disse a presidente. O governo vai levar para o sertão pernambucano um centro de formação de médicos. "Se um médico for formado aí , tem grande chance dele querer ficar e atender à população local", destacou Dilma.
Ouça mais na matéria produzida por Natália Hermosa, da Rádio Jornal.
INTEGRAÇÂO DO RIO SÂO FRANCISCO
Em sua entrevista, Dilma falou também sobre as obras de transposição, inclusive sobre a estação de bombeamento do Eixo Norte, que está sendo inaugurada em Cabrobó, nesta sexta. Há exatamente um ano, em 21 de agosto de 2014, Dilma esteve com Lula em Cabrobó visitando a obra, adiando seu funcionamento e justificando os atrasos no início da operação, cujos primeiros testes estavam programados para começar em 2011.
De acordo com dados do Planalto, o sistema do Eixo Norte vai garantir água para 12 milhões de pessoas em 390 municípios de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. O Eixo Norte custou R$ 625 milhões e utilizou a mão de obra de 6.836 trabalhadores, sendo composto por 15 reservatórios, oito aquedutos, três túneis/canais e três estações elevatórias. Com a inauguração do Eixo Norte, 77,8% das obras foram cumpridas, e a conclusão dos 477km que compõem a integração do Velho Chico está prevista para o início de 2017.
Durante a entrevista, Dilma tentou justificar os atrasos na construção da ferrovia Transnordestina. De acordo com a petista, questões ambientais e desapropriações estão entre os problemas que precisaram ser enfrentados pela concessionária privada responsável pela obra, gerando atrasos no cronograma.