Crise econômica

Paulo Câmara avalia que crise pode gerar ajustes mais duros em Pernambuco em 2016

Governador declarou que irá regularizar pagamento dos servidores em outubro

Do JC Online
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Publicado em 02/09/2015 às 17:48
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Governador declarou que irá regularizar pagamento dos servidores em outubro - FOTO: Sérgio Bernardo/JC Imagem
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Quando questionado sobre os efeitos da crise econômica em Pernambuco, o governador Paulo Câmara (PSB) sempre negou que vá atrasar o salário dos servidores estaduais. Em entrevista à Rádio CBN São Paulo, o socialista reforçou o compromisso, mas deixou em aberto essa possibilidade para o ano que vem.

"Vamos fechar 2015 equilibrado, mas muito preocupado com 2016. Porque se 2016 repetir esse mesmo cenário econômico de 2015, nós vamos ter um ano, realmente, onde pode acontecer muita coisa que nós não queremos. Muitos ajustes, muito mais duros, e, aí, sim,  pode afetar a qualidade dos serviços oferecidos à população. Isso é uma discussão que eu espero que não precisemos  fazer em 2016", falou.

A crise econômica não ocasionou o parcelamento do salário dos servidores, como no Rio Grande do Sul, mas já tem seus efeitos no Estado. "Não há risco de Pernambuco atrasar salários, mas nós já estamos com alguma dificuldade com alguns fornecedores, até pelo fluxo de caixa. Os meses de julho, agosto e setembro são meses ruins de receita. Nós só vamos regularizar o pagamento dos fornecedores a partir do mês de outubro", declarou.

O governador disse que espera que as condições econômicas do Brasil e de Pernambuco melhorem em 2016 e garantiu que tem feito sua parte. Paulo também justificou a razão de não ter concedido aumento aos servidores estaduais este ano. "Estamos traçando uma estratégia de equilíbrio, porque nós não vamos superar as dificuldades do ano de 2015 e as previsões de 2016 se nós não tivermos o equilíbrio. O equilíbrio é o número 1 de todo o nosso trabalho".

Na entrevista, o governador ainda falou da importância de se criar um mecanismo para o financiamento da Saúde, mas disse ser contra o simples retorno da CPMF. "Não se dá para criar imposto ou contribuição hoje no país sem aperfeiçoar o sistema, sem diminuir a alíquota de outros impostos ou até eliminar algum tipo de contribuição que não é boa para os setor produtivo. Isso é uma discussão maior", disse.

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