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Não creio que servidores pernambucanos tenham salários parcelados, diz Raul Henry

Vice-governador diz que esforço está sendo feito para garantir os serviços básicos e o pagamento do funcionalismo estadual

Paulo Veras
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Publicado em 08/09/2015 às 13:01
Foto: Paulo Veras/Especial para o JC
Vice-governador diz que esforço está sendo feito para garantir os serviços básicos e o pagamento do funcionalismo estadual - FOTO: Foto: Paulo Veras/Especial para o JC
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Seis dias depois de o governador Paulo Câmara (PSB) se dizer preocupado com o cenário econômico em 2016 e advertir que pode acontecer "o que nós não queremos", o vice-governador Raul Henry (PMDB) afirmou, no final da manhã desta terça-feira (8), que não acredita em um eventual parcelamento dos salários dos servidores estaduais, como tem feito o Rio Grande do Sul.

"Eu não creio. O esforço que está sendo feito é para manter os serviços básicos e para pagar o funcionalismo do Estado, sem passar por essas dificuldades que outros estados estão passando", afirmou o peemedebista, em entrevista à Rádio Jornal, ao ser questionado sobre o risco de uma medida desse nível até o final do ano.

Durante a entrevista, Raul Henry voltou a repetir a projeção de perda de R$ 1 bilhão nas receitas do Estado e disse que o Governo de Pernambuco está administrando uma crise que não iniciou. "Ninguém sabia no Brasil que a crise era desse tamanho. Esse assunto só veio ao conhecimento dos brasileiros após a eleição. Porque os números eram totalmente escondidos para que o governo pudesse ganhar a eleição", se queixou.

O peemedebista também classificou a postura de Paulo Câmara como exemplar, chamou o socialista de aplicado e responsável e afirmou que ele observa as contas do Estado diariamente. "O Rio Grande do Sul já entrou numa situação de parcelamento de salários. Tem outros estados que estão entrando nessa mesma situação. Alagoas, Paraíba, Sergipe. A gente não sabe o que vai acontecer no Brasil nesse segundo semestre em relação as contas públicas de vários estados", alertou.

EMPRÉSTIMO - Raul Henry também fez referência ao fato de o governo federal estar barrando a liberação de operações de crédito mesmo para estados como Pernambuco, que tem capacidade de endividamento, e garantiu que o dinheiro que viesse a ser captado com bancos internacionais não seria usado para o custeio da máquina.

"O problema é de receita. As receitas próprias são para o custeio do Estado. Quando eu falo do não acesso aos empréstimos é para fazer o investimento, o que tem repercussão na economia, que aumenta o nível de empregos e que aumenta a arrecadação do ICMS para poder pagar o custeio", declarou o vice-governador.

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