Licitação

Caixa Econômica sinaliza interesse na "compra" da folha de pagamento do governo estadual

Paulo Câmara convidou banco a participar da licitação que será realizada em outubro

Franco Benites
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Franco Benites
Publicado em 10/09/2015 às 6:45
Humberto Pradera/Divulgação
Paulo Câmara convidou banco a participar da licitação que será realizada em outubro - FOTO: Humberto Pradera/Divulgação
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O governo estadual está correndo para prepar uma lista robusta de interessados na licitação da sua folha de pagamento. Nessa quarta-feira, em Brasília, Paulo Câmara (PSB) se reuniu com a presidente da Caixa Econômica Federal, Miriam Belchior, para formalizar o convite ao banco e recebeu um aceno positivo. A direção nacional da Caixa vai solicitar as informações do processo licitatório à Superintendência Regional para em seguida elaborar alguns estudos e poder apresentar sua proposta.

A licitação  está programada para outubro e a gestão Paulo Câmara  sabe que sairá perdendo em relação ao processo realizado em 2010, quando o Bradesco “comprou” a folha de pagamento estadual por R$ 700 milhões em uma disputa cujo lance mínimo era de R$ 620 milhões. O banco fez o pagamento à vista,  ajudando o caixa estadual na época, e o contrato vale até fevereiro de 2016.

Agora, o lance mínimo será revisto  abaixo do valor de 2010. Isso porque, em 2012, entrou em vigor a chamada “portabilidade de conta”,  que ajudou o correntista, mas depreciou o ativo do Estado. Em português claro: o funcionário público recebe o salário pelo banco que detém a folha de pagamento do Estado, mas pode transferir, sem ônus, o dinheiro para uma instituição bancária que lhe dê um pacote de tarifas mais amistosas.

Para ampliar a lista de participantes na licitação, o governo tem realizado uma espécie de “road show” com apresentações dos atrativos que a folha de pagamento estadual oferece. Já houve conversas com as direções do Santader, Itaú e do  Bradesco. 

Além da folha de pagamento, Paulo conversou com Miriam Belchior sobre o  contrato da Conta Única do governo estadual - que hoje está com a Caixa - e o andamento das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Programa Minha Casa, Minha Vida. Mais uma vez o socialista retornou de Brasília apenas com promessas e sem recursos  para tocar  projetos de interessse do Estado.

O governador viajaria para Brasília com os secretários Milton Coelho (Administração), José Neto (Assessoria Especial) e Márcio Stefanni (Fazenda), mas esse último cancelou a ida à capital federal a pedido do próprio Paulo. O secretário ficou no Recife para intensificar os ajustes na máquina estadual em decorrência da crise econômica. Nesta quinta-feira, Márcio Stefanni é um dos entrevistados do programa Cidade Viva, transmitido pelo Portal NE10 e pela Rádio Jornal a partir das 15h30.

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