Crise econômica

Prefeitos não querem saber de aumento de imposto em ano pré-eleitoral

Reajuste de tarifas dificilmente ocorre no terceiro ano de gestão

Franco Benites
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Franco Benites
Publicado em 26/09/2015 às 12:42
Heudes Regis/JC Imagem
Reajuste de tarifas dificilmente ocorre no terceiro ano de gestão - FOTO: Heudes Regis/JC Imagem
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Enquanto o governador Paulo Câmara (PSB) investe no aumento de impostos para equilibrar as contas estaduais em 2016, o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), nega que tenha interesse em aumentar tributos. A medida, no entanto, não faz parte de uma boa ação do gestor municipal na avaliação do cientista político Carlos Ranulfo, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). “O terceiro ano de mandato é o ano de fazer obras e não de aumentar impostos”, avalia.

O estudioso se refere ao fato de que, em um ano pré-eleitoral, é regra entre os prefeitos querer mostrar serviço e não criar fatos que possam ser usados pela oposição posteriormente. Para o cientista político Fernando Schüler, da escola de negócios Insper, o cenário é diferente para os governadores e para a presidente da República. “O momento de fazer um pacote de ajuste fiscal é agora, no primeiro ano de mandato. No terceiro ano, não se faz”, opina.

Fernando Schüler também destaca que os impostos têm um peso maior nas contas estaduais e federais e por isso governadores e a presidente criam os pacotes de ajuste fiscal e compram a briga pelo reajuste de tarifas. Com os prefeitos, é diferente. “Não há um impacto tão relevante. Muito dificilmente veremos um prefeito aumentar impostos este ano. A não ser certas medidas pontuais”, diz.

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