Violência

Governador diz que desafio de melhorar presídios é enorme após morte de mecânico

Paulo Câmara também afirmou que reconhecia como grave a superlotação das penitenciárias em Pernambuco

Do JC Online
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Publicado em 28/09/2015 às 22:05
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Paulo Câmara também afirmou que reconhecia como grave a superlotação das penitenciárias em Pernambuco - FOTO: Tato Rocha/Divulgação
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A morte do mecânico Ricardo Alves da Silva, 31 anos, atingido por uma perdida durante uma confusão o Presídio Frei Damião de Bozzano, no bairro do Curado, na Zona Oeste do Recife, foi alvo de comentários do governador Paulo Câmara (PSB). Logo após um evento em homenagem a Eduardo Campos, o socialista lamentou o incidente. "A gente quer se solidarizar com a família, com a infelicidade de ontem (domingo). Já colocamos os esforços para elucidação imediata do caso e a apuração das responsabilidades. Sabemos o desafio que é o sistema prisional de Pernambuco e brasileiro e não medimos esforços", falou.

Assim como em outras oportunidades, o governador reconheceu que os problemas no sistema prisional de Pernambuco são um "calo" para o governo estadual. Ele elencou uma série de medidas que estão sendo tomadas pela sua gestão para tentar minimizar problemas que também ocorreram na administração de seus antecessores João Lyra (PSB) e Eduardo Campos.

"Já concluimos a cadeia publica de Santa Cruz do Capibaribe, estamos finalizando Tacaimbó para que possa ser entregue à população. A obra de Araçoaiba continua a pleno vapor. Estamos esperando o processo de caducidade do presidio de Itaquitina para que a gente possa fazer ações e distribuir melhor os atuais reeducandos para que possamos melhorar essa situação, que é muito grave, eu reconheço, de superlotação das nossas unidades", disse.

Moradores de áreas próximas ao presídio no Curado realizaram protestos ao longo desta segunda-feira. Por sua vez, a Polícia Civil de Pernambuco abriu inquérito para investigar a morte do mecânico. O mesmo inquérito policial também vai apurar duas tentativas de homicídio cometidas contra detentos do Presídio Frei Damião de Bozzano, uma das unidades que integra o Complexo Prisional.

A casa onde a vítima residia, localizada a poucos metros do presídio, passou por perícia, no entanto, nenhum projétil foi encontrado no local, segundo o DHPP. As armas utilizadas pelos agentes penitenciários no dia do crime foram recolhidas pela polícia e encaminhadas para a perícia crimininalística. O objetivo é tentar identificar se os disparos que atingiram Ricardo Alves realmente foram efetuados por algum agente.

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