A formalização do PSB como um partido de oposição ao governo federal pouco ou nada mudará o cenário político de acordo com especialistas ouvidos pelo JC. Para o cientista político Túlio Velho Barreto, da Fundação Joaquim Nabuco, o posicionamento não acarretará em um impacto significativo. “Embora o PSB tenha importância política e eleitoral, não tem um peso determinante para provocar uma mudança no quadro nacional. De toda forma, a ida de um partido com a tradição no campo popular, de verniz mais à esquerda, como o PSB, para a oposição pode ter um certo simbolismo negativo do ponto de vista político para o governo”, aponta.
Na avaliação do cientista político Benedito Tadeu Cesar, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o melhor dos mundos para a presidente Dilma Rousseff (PT) seria se o PSB deixasse a posição de independência para se aliar ao governo. “Acho que a essa altura todo apoio ou defecção conta. O governo federal tem uma base de apoio frágil, mas também é preciso reconhecer que já não contava com a base de apoio do PSB”, diz.
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O cientista político João Feres Júnior, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), diz que nada muda para a presidente. “O PSB tem uma bancada expressiva, mas essa oficialização não tem importância porque o partido já atuava como oposição”, destaca. Os especialistas não creem que os socialistas se constituam como uma terceira via capaz de dar fim à polarização entre PT e PSDB. “Hoje ninguém tem propostas, nem o PT, a oposição ou o PSB”, fala Benedito Tadeu Alencar.