Quase 100 demitidos. Este é o número do corte de terceirizados, até o momento, na Assembleia Legislativa de Pernambuco. O quantitativo "aproximado" foi revelado, nesta quarta-feira (14), pelo presidente da Casa, deputado Guilherme Uchoa (PDT). As demissões de terceirizados começaram há 15 dias, um mês depois do corte de 98 comissionados (dois por gabinete de deputado) e da definição de uma meta de diminuição de R$ 4 milhões/ano em gastos administrativos. Medidas são para se ajustar à queda de arrecadação do Estado e diminuição do orçamento de 2016.
O pedetista ressaltou, porém, "não saber" se o processo de enxugamento está concluído, uma vez que cabe à primeira secretaria da Mesa Diretora - responsável pela tesouraria e pelas contas do Legislativo - a condução das medidas de redução da folha de pessoal. O primeiro secretário, deputado Diogo Moraes (PSB), por duas vezes adiou o anúncio do número de terceirizados demitidos e tem evitado contato com a imprensa. "Já são quase 100 demissões. Creio que não haverá mais, porque a Casa precisa do pessoal para funcionar", disse Uchoa.
Contratados por meio de prestadora de serviços, grande parte dos terceirizados atua nas áreas de serviços gerais e vigilância, mas há casos de funcionários a serviço da parte administrativa da Casa. A demora na definição do corte seria, segundo os bastidores da Assembleia, devido à existência de terceirizados "contratados por indicação política". A estimativa é de que existia, antes do início do corte, cerca de 800 terceirizados na Alepe. No começo do desligamento, em 30 de setembro, a projeção era de enxugar de 80 a 150 terceirizados.
