Além de aferir a satisfação do eleitor do Recife com a gestão da presidente Dilma Rousseff (PT), a consulta realizada pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) também sondou a aprovação do governo Paulo Câmara (PSB). De acordo com o levantamento, 19% aprovam a administração socialista no Estado, 34% desaprovam e 43% a consideram regular. Três por cento não responderam ou não tinham opinião formada.
Dos 19% que aprovam o governo Paulo Câmara, 2% consideram a gestão ótima e 17% a classificam como boa. Entre os que desaprovam, 20% acham que o governo iniciado em 1º de janeiro deste ano é ruim e 14% rotulam como péssimo. Para o cientista políico Adriano Oliveira, um dos coordenadores da pesquisa IPMN, Paulo precisa estar atento aos dados. “Os números ainda não são assustadores, mas servem de alerta. É um percentual normal diante das dificuldades que ele tem encontrado na economia nacional e de Pernambuco”, avalia.
Na opinião de Oliveira, Paulo precisa montar uma estratégia de governo e comunicação que lhe credencie como cabo eleitoral nas eleições municipais de 2016 se quiser manter a hegemonia da Frente Popular no Estado. “Ele tem que agir para não chegar a 2016 como um ator que não pode sair do Palácio do Campo das Princesas, mas sim como um ator que terá um papel efetivo em diversos municípios de Pernambuco, em particular no Recife (onde o prefeito Geraldo Julio, também do PSB, disputará a reeleição””, destaca.
A avaliação de Paulo Câmara em seu primeiro ano como governador também é analisada por Adriano Oliveira à luz do contexto histórico. “O governador tem uma difícil missão, que é substituir o governador Eduardo Campos, que é considerado um ídolo”, diz.