O PSB segue sem definir seu posicionamento sobre o impeachment da presidente Dilma Roussefff (PT) e sua bancada na Câmara dos Deputados divulgou uma nota reafirmando que o partido não tem pressa em tomar uma posição sobre o tema. “uanto ao processo de impeachment, entendemos que trata-se de um instrumento constitucional legítimo, devendo, porém, ser discutido com a responsabilidade que o tema exige. O PSB não se deixará contaminar pela ansiedade e o açodamento antes que as condições políticas e jurídicas se apresentem em plenitude’, diz o texto.
Integrante da Comissão Especial formada para tratar do impeachment na Câmara dos Deputados, Tadeu Alencar (PSB) afirmou que a legenda defende uma visão racional do tema. “Para o governo, o impeachment é golpe e para a oposição há um pré-julgamento cristalino de que a presidente é culpada. São visões radicais. O impeachment é um processo constitucional”, disse, declarando que os socialistas não tomam partido de nenhum dos lados.
Na nota, o PSB também destacou que é a favor da saída do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do cargo e que não haja recesso parlamentar no fim do ano. “Defendemos que Eduardo Cunha faça sua defesa longe da presidência. Também não dá para aguardar o recesso”, afirmou Fernando Filho, outro deputado federal socialista que integra a Comissão Especial sobre o impeachment.
Sobre o recesso, Tadeu Alencar destacou que não é o momento de se parar as atividades no Congresso. “Não dá para uma casa estar pegando fogo e você deixá-la para trás para voltar 45 dias depois para apagar o incêndio. Pode ser que ninguém dê atenção a isso, mas precisamos pontuar”, destacou.
NOTA DA BANCADA DO PSB NA CÂMARA FEDERAL
Ao reiterar o seu compromisso com o Brasil, a Bancada do Partido Socialista Brasileiro (PSB) na Câmara dos Deputados considera essencial a suspensão do recesso parlamentar para enfrentar e superar a grave crise política e econômica.
É imprescindível a união e o comprometimento de todas as instituições responsáveis por definir os rumos das questões que, no momento, paralisam o País e degradam a sua já combalida economia, com a perda de milhares de empregos. A suspensão do recesso é, pois, um imperativo de ordem pública.
A Bancada socialista reitera também a necessidade de afastamento da Presidência da Câmara, do deputado Eduardo Cunha, face à gravidade das acusações que lhe pesam, para que este possa fazer sua defesa nas instâncias próprias, sem comprometer o andamento dos trabalhos nesta Casa.
Quanto ao processo de impeachment, entendemos que trata-se de um instrumento constitucional legítimo, devendo, porém, ser discutido com a responsabilidade que o tema exige. O PSB não se deixará contaminar pela ansiedade e o açodamento antes que as condições políticas e jurídicas se apresentem em plenitude.